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#1ºanodevida

3 maneiras práticas de lidar com a ansiedade de separação do bebê

Ansiedade da separação

Quem nunca ouviu uma mãe choramingando e reclamando que o neném “só vem no meu colo e de mais ninguém”? Pois é. A ansiedade de separação é um estágio normal do desenvolvimento infantil, e pode começar logo no 4º mês de vida. A boa notícia é que a maioria das crianças já superou esse padrão de comportamento ao completar 3 anos de idade.

Em algumas crianças, a ansiedade de separação sinaliza uma condição mais séria, conhecida como transtorno de ansiedade de separação, a partir da idade pré-escolar. Por isso, é importante estar atenta à gravidade e à duração da irritabilidade.

No post de hoje, apresentamos 4 formas práticas de lidar com esse problema na infância. Confira!

Transtorno de ansiedade de separação

versus

angústia de separação não patológica

Quando falamos nos estágios mais precoces do desenvolvimento, a angústia de separação acontece, porque a criança passa a identificar que os pais não são uma extensão de si. Isto é, à medida que o bebê se torna mais autônomo e aumenta a sua capacidade de desligar-se fisicamente da mãe, ele começa a perceber o outro como entidade individual.

Nessa fase é natural que, ao perder seus cuidadores de vista por alguns instantes, os bebês reajam com protestos vigorosos e choro. Algumas teorias sugerem que o bebê é tomado por um sentimento de abandono iminente, e que a angústia da separação é uma reação instintiva frente a um perigo externo. Cada indivíduo, portanto, possuirá uma capacidade diferente de enfrentar e elaborar psiquicamente esse medo.

Durante o segundo ano de vida, oscilações de humor e acessos temperamentais de raiva podem continuar acontecendo. A angústia também pode se manifestar em forma de falta de apetite ou de um leve resfriado.

Por já ser um pouco mais independente, a criança está deslumbrada em explorar o mundo sem a ajuda dos cuidadores, mas ainda existe a sensação de proteção e segurança que deriva da presença deles. Aqui, começam as negociações e o conflito de interesses entre o ímpeto de querer fazer alguma coisa e receber um “não” protetivo por parte dos pais.

Por outro lado, o transtorno de ansiedade de separação é definido pela Associação Americana de Psicologia (APA) como uma resposta anormalmente exacerbada à separação de alguém querido. Diferente da angústia não patológica, esse medo atrapalha significativamente as atividades diárias e o desenvolvimento da criança ou adolescente.

Entre os sintomas do transtorno estão:

  • estresse recorrente e antecipatório por estar longe de casa ou de pessoas queridas;
  • preocupação constante e excessiva de perder um dos pais ou algum ente querido por alguma doença ou desastre;
  • preocupação constante de que algo ruim aconteça, como ser sequestrado ou ficar perdido;
  • recusar-se a ficar longe de casa por medo da separação;
  • não querer ficar em casa sozinho sem um dos pais ou alguém próximo;
  • relutância ou recusa de dormir fora de casa sem os pais;
  • pesadelos repetidos com o tema de separação;
  • dores de cabeça, dores de barriga e outros sintomas antecipando uma possível separação dos pais;
  • ataques de pânico: sentimento intenso de ansiedade e terror que explode em poucos minutos.

Fatores de risco para o transtorno

A ansiedade de separação patológica geralmente é desencadeada por estresses vividos que resultaram em separação de entes queridos, embora a criança possa apresentar predisposição genética para o problema. Outros gatilhos são: divórcio dos pais; perda de um animal de estimação; iniciar a vida escolar ou mudar de escola.

Dificilmente o transtorno de ansiedade de separação desaparece sozinho, podendo levar a transtorno do pânico; transtorno obsessivo-compulsivo; agorafobia; fobia social ou outro transtorno ansioso na vida adulta. Se você observa que os sintomas são prolongados demais e inadequados à faixa etária do seu filho, converse com o pediatra sobre isso.

Lidando com a separação

Nunca saia de fininho

Alguns pais aproveitam o momento de distração dos filhos para sair de fininho, acreditando que essa é a melhor maneira de poupá-los do medo, e acabam provocando o efeito oposto. Principalmente entre os 7 meses e o 1º ano de vida, a criança já tem uma maior percepção da própria existência, mas ainda não entende que os pais “vão e voltam”.

Assim, crie um ritual de despedida sempre que precisar deixar seu filho na escolinha ou sob tutela de alguém. Olhe nos olhos dele e explique aonde você vai e a que hora volta. Mesmo que a criança se angustie, procure usar termos de sua compreensão, como “depois do almoço” ou “depois daquele desenho animado que você gosta”.

Você precisa estar calma, ser firme e amorosa no momento da despedida. Dê à criança total atenção e só diga “tchau” quando realmente for sair sem olhar para trás ou voltar. E não se esqueça honrar o combinado, hein?

“Tem que deixar chorar”

Não só não tem que deixar chorar, como não deve. Principalmente nos primeiros meses de vida, é muito importante que você ampare o bebê, porque o choro manifesta justamente o medo do abandono. Ao acalentá-lo você transfere a ele a sensação de segurança e proteção até que ele se sinta independente. 

A resposta ao choro deve ser tranquila com tom de voz relaxado. Lembre-se: seu bebê é uma esponjinha humana, absorvendo todos os estímulos do ambiente.

À medida que o bebê for crescendo e se tornar mais autônomo, você pode diminuir a prontidão com que responde ao choro. Uma boa estratégia é fazer com que ele ouça sua voz, mesmo que você esteja fora do campo de vista dele. 

Permita-o eleger objetos de transição

A própria Sociedade Brasileira de Pediatria prevê o uso de objetos de transição como uma estratégia para enfrentar o estresse infantil em crianças pequenas. Uma fraldinha, cobertinha, bichinho de pelúcia ou qualquer outro objeto afetivo escolhido pela criança pode ser um grande aliado para acalmar e transmitir segurança aos pequenos.

Um experimento da Universidade de Bristol mostrou que, para além do apego à característica física desses objetos, as crianças acreditam que eles são dotados de outra propriedade, um tipo de “essência”, que não pode ser copiada.

Lidar com a ansiedade de separação não é uma missão fácil nem para as mães e nem paras as crianças. Aliás, a ansiedade de separação que acomete as mães é tópico à parte dentro deste assunto. O fato é que existem ferramentas cognitivo-comportamentais das quais você pode lançar mão para lidar com a inevitável distância de forma mais leve e menos dolorosa.

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Noeh, tecnologias para cuidar da vida!

Espero que tenham gostado! Se tiver dúvida é só perguntar!

Um abraço apertado, com carinho da Noeh

 

Referências:

  1. University of Bristol. Why children love their security blankets
  2. O papel do pediatra na prevenção do estresse tóxico na infância. Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento. Sociedade Brasileira de Pediatria.
  3. Mayo Clinic. Separation anxiety disorder
  4. Bellini, Leonora. Digital UFRGS. A vivência materna do processo de separação-individuação mãe-bebê no primeiro ano de vida até a entrada na educação infantil
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