Quem nunca teve um resfriado na vida que atire a primeira pedra! Afinal, doenças respiratórias são comuns na infância. Sintomas como coriza, tosse, febre e falta de ar nos pequenos podem preocupar os pais — e não é para menos! Por isso, é importante saber quais doenças respiratórias mais comuns da infância.
Ao entender melhor sobre cada uma delas, os papais e as mamães podem ficar atentos com a prevenção e com a ida ao médico. Mas, nem sempre a condição vai requerer uma consulta, mas é importante saber quais sinais indicam maior gravidade.
Assim, seja no aspecto de evitar a doença, seja na perspectiva de oferecer a melhor assistência, os pais estarão bem preparados. Continue a leitura e entenda melhor!
Entenda melhor como funciona a respiração
Primeiramente, o sistema respiratório tem como principal objetivo realizar as trocas gasosas que nos mantêm vivos. Para isso, o ar inspirado percorre as vias aéreas até chegar nos chamados alvéolos, onde a magia acontece!
Então, cavidade nasal é a porta de entrada do ar, onde será aquecido e umidificado. Outra estrutura importante é a traquéia, que se divide nos brônquios que penetram nos pulmões e faz com que o ar chegue no órgão.
Os brônquios, por sua vez, se ramificam cada vez mais até formarem os chamados bronquíolos e, por fim, os alvéolos. Assim, as trocas gasosas podem ocorrer no sangue: chega o oxigênio e sai o gás carbônico.
Conheça algumas doenças respiratórias mais comuns da infância
Agora que você sabe os princípios básicos da respiração, vamos entender melhor sobre cada das doenças respiratórias mais comuns da infância!
Asma
Basicamente, a asma é uma inflamação crônica das vias aéreas. Dessa forma, existe um processo inflamatório nos brônquios e bronquíolos, o que afeta na morfologia e na função deles.
Nesse sentido, como ficam edemaciados, o fluxo de ar é prejudicado, o que pode gerar dificuldade na respiração. Se você acha que é algo raro, precisamos dizer que a asma é a doença crônica mais comum na infância.
E nem sempre é fácil encontrar uma causa! Por ser multifatorial, diversos fatores podem influenciar, como alergias ou exposição a partículas. Agora, falando de sintomas, podemos citar tosse, respiração rápida e curta e sibilância, que é como um chiado.
Neste caso, é fundamental levar a criança ao pediatra e ao pneumologista. Por ser uma doença crônica, o acompanhamento adequado vai evitar exacerbações e crises asmáticas, as quais podem ser muito perigosas.
Enfim, para o diagnóstico, o profissional vai se basear na história clínica e pode, ainda, solicitar exames como a espirometria. Por fim, é indispensável que papais e mamães entendam bem as orientações específicas para o manejo da condição no baby.
Bronquiolite
Já a bronquiolite não podemos considerar como doença crônica. Na verdade, é uma infecção aguda que acomete os bronquíolos. Só para recordar, os bronquíolos são as ramificações dos brônquios no interior dos pulmões.
Na grande maioria das vezes, a infecção é viral, sobretudo pelo chamado Vírus Sincicial Respiratório. Como atinge uma região importante das vias aéreas, os sintomas podem ser dos mais leves aos mais graves.
Eventualmente, nos casos simples, os pais vão perceber uma espécie de resfriado, com obstrução nasal e febre. Além disso, o baby pode recusar algumas mamadas e ficar mais irritado.
Já nos casos mais graves, as trocas gasosas podem ser prejudicadas e a criança ficar com extremidades arroxeadas.
Algumas situações requerem uma atenção especial, como em:
- menores de 1 anos;
- bebês prematuros;
- crianças imunossuprimidas;
- babies com baixo peso ao nascimento.
Portanto, nestes casos, o acompanhamento deve ser mais cuidadoso, podendo haver internação e suporte com oxigênio. Porém, nos demais, geralmente tem curso benigno. Assim, basta os pais manterem a criança hidratada e medicar somente sob orientação médica.
Pneumonia
Por outro lado, a pneumonia é uma condição que gera uma preocupação um pouco maior. Ela representa a principal causa de mortalidade nas crianças com menos de 1 ano de países desenvolvidos.
Então, muita atenção! O diagnóstico em tempo hábil e a intervenção precoce no quadro podem contribuir para a redução na mortalidade. Sendo assim, é preciso considerar os sintomas habituais e aqueles que indicam maior gravidade.
Frequentemente, febre, tosse e aumento da frequência respiratória são indicativos de pneumonia. Já os sinais de alerta são febre alta, recusa de mamada, maior sonolência e irritabilidade, além de esforço respiratório.
Na maioria dos casos, o tratamento vai requerer o uso de antibióticos. Por isso, é importante que os pais levem ao médico, não só para prescrição medicamentosa, mas também para avaliação de gravidade.
Rinossinusite
Por último, vamos falar de algo que acomete as vias aéreas superiores, ou seja, não atingem diretamente os pulmões. A rinossinusite é a infecção das cavidades nasais, popularmente conhecida como resfriado.
A infecção pode ser causada por vírus, assim como por bactérias. Nem sempre é fácil determinar o agente causador no início do quadro. Por isso, é essencial estar atento aos sintomas e à evolução deles. Se viral, costumam ser simples, como:
- espirros;
- coriza clara;
- dor de garganta;
- falta de apetite.
Geralmente, dura até 10 dias, mas observa-se uma melhora gradual da criança. Já nas infecções bacterianas o quadro é mais arrastado, sem melhora evidente e com sintomas um pouco mais intensos.
Dessa forma, a melhor coisa a ser feita é conversar com o pediatra. Nos casos virais, o tratamento é sintomático e preza pela hidratação. Nos casos bacterianos, é necessário passar por avaliação médica.
No mais, não se preocupe! Embora sejam quadros frequentes até os 7 anos de idade, com até 10 episódios no ano, as condutas são simples e a evolução tende a ser benigna.
Saiba como proteger seu baby
A princípio, o passo a ser dado é: conhecer melhor as doenças respiratórias. Agora, vamos elencar algumas medidas de prevenção!
No caso da asma, o tratamento crônico é essencial para evitar as tão temidas crises. Por isso, esclareça com o médico do seu baby sobre o uso correto dos inaladores e informe também às pessoas que convivem com ele.
Porém, no caso da bronquiolite, existem maneiras para prevenir a condição. Porém, cada caso é um caso e deve ser devidamente analisado pelo profissional.
Por fim, a prevenção de doenças respiratórias também inclui as medidas de higiene que estão em alta. Então, não exponha a criança às aglomerações e nem ao contato com pessoas doentes. Ah, não se esqueça: amamentação para fortalecer o sistema imune!
Em conclusão, não podemos nos esquecer que as doenças respiratórias são um grande problema para os pequenos. Isso porque infância é uma etapa importante para desenvolvimento, seja das vias respiratórias, seja do sistema imune.
Por isso, reforçamos que a melhor maneira de diminuir a morbidade e a mortalidade, é por meio do conhecimento e da assistência correta. Não deixe de conversar com o pediatra do seu baby, nem de adotar as medidas de proteção!
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Referências
Diretrizes da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Sociedade Brasileira de Pediatria para sibilância e asma pré-escolar.
Bronquiolite aguda. Sociedade Brasileira de Pediatria.
Pneumonia adquirida na comunidade na infância. Sociedade Brasileira de Pediatria.
Rinossinusite na infância. Sociedade Brasileira de Pediatria.