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Aprendendo a lidar com os piolhos!

Quando notamos nosso filho coçando a cabeça, logo pensamos: piolhos! Esses insetos irritantes são mais comuns do que pensamos e devemos estar sempre preparados para lidar com esse problema. Os piolhos são frequentes em ambientes com muitas crianças, como escolas e creches.

Hoje, o blog Noeh traz informações sobre os sintomas clínicos, os sinais de infestação, as formas de transmissão, os sintomas e o tratamento. Não há necessidade de pânico, mas é crucial conhecer as melhores práticas para evitar que seu filho seja contaminado. É muito importante manter contato constante com fontes confiáveis e profissionais de saúde qualificados neste momento!

Vamos lá ?

Quem é o piolho?

A pediculose é o termo utilizado para descrever a doença causada pelos piolhos, que geralmente afeta o couro cabeludo. O agente causador dessa condição é o Pediculus humanus e é mais comum em crianças com idades entre 3 e 11 anos.

Os piolhos são pequenos insetos que não possuem asas e são incapazes de saltar. Normalmente, possuem um comprimento de 2 a 3 mm. As fêmeas têm uma expectativa de vida de até 4 semanas e podem colocar até 10 ovos por dia! Esses ovos são envolvidos por uma proteção denominada lêndea quando estão vazios. O couro cabeludo oferece um ambiente propício para o desenvolvimento dos ovos, e a eclosão dos piolhos ocorre geralmente após um período de 8 a 9 dias, dependendo das condições climáticas.

Após a eclosão do ovo, o piolho passa a ser chamado de ninfa. A ninfa atravessa três estágios de desenvolvimento e pode levar até 12 dias para se tornar um adulto plenamente formado. Surpreendentemente, apenas 36 horas após se tornar adulta, uma fêmea já é capaz de se acasalar e reproduzir, dando continuidade ao ciclo de vida dos piolhos.

Agora que conhecemos mais o piolho, vamos entender o porquê desse danado causar essa coceira toda! Leia o tópico abaixo!

Por que o piolho causa coceira?

Durante o processo de alimentação, o piolho adulto injeta uma pequena quantidade de saliva no couro cabeludo da criança. Essa saliva contém substâncias que possuem propriedades vasodilatadoras e anticoagulantes, facilitando a alimentação do parasita ao longo das horas em que está se alimentando. É nesse ponto que surge a coceira característica da infestação. A coceira ocorre devido à sensibilização da pele pelas substâncias presentes na saliva do piolho. A intensidade da coceira experimentada pela criança aumenta conforme o número de piolhos presentes.

No entanto, é importante observar que, no início da infestação, a coceira pode demorar até 6 semanas para se manifestar, uma vez que a criança ainda não desenvolveu uma sensibilização prévia aos componentes da saliva do piolho. Portanto, nos estágios iniciais da infecção, a coceira pode passar despercebida, tornando ainda mais desafiador detectar a presença dos parasitas. É fundamental estar atento a outros sinais, como a presença de lêndeas (os ovos dos piolhos) ou a observação direta dos próprios insetos.

Transmissão da Doença

O piolho é transmitido principalmente de pessoa para pessoa, o que significa que um colega que esteja infestado pode passar para outra pessoa! Conforme mencionado anteriormente, o piolho não tem a capacidade de voar, portanto, é necessário um contato prolongado para que a transmissão ocorra.

Embora menos comum, outra forma de transmissão é por meio do contato indireto com objetos utilizados por pessoas infectadas. No entanto, é importante ressaltar que os piolhos têm uma menor capacidade de sobrevivência fora do couro cabeludo, o que reduz a probabilidade de transmissão nesses casos.

É essencial estar ciente de que certos objetos pessoais, como escovas de cabelo, pentes, chapéus, bonés, lenços e roupas de cama, podem abrigar piolhos e lêndeas. Portanto, é importante tomar precauções, como evitar o compartilhamento desses itens entre as pessoas, especialmente em ambientes onde a infestação é mais comum, como escolas e creches.

Sinais e Sintomas e Diagnóstico

O piolho costuma se localizar principalmente na parte de trás das orelhas e na região posterior da cabeça, onde a coceira é mais intensa. É nessas áreas que ele geralmente se estabelece. Na primeira infestação, os sintomas podem ser mais leves, e a coceira pode demorar até 6 semanas para se manifestar. Já em casos de reinfestação, os sintomas podem surgir em um período mais curto, geralmente em 1 ou 2 dias.

O diagnóstico da pediculose é realizado levando em consideração a história de contato da criança e a observação das lêndeas. Através da avaliação do histórico de contato com indivíduos infestados e da identificação das lêndeas, é possível confirmar o diagnóstico da infestação por piolhos.

Tratamento 

Atualmente, não existe um tratamento que seja 100% eficaz para a pediculose. Também não há produtos disponíveis que possam prevenir totalmente a infestação por piolhos. É importante entender que a presença de piolhos não está relacionada à falta de higiene, e mesmo cabelos limpos e cheirosos podem abrigar esses insetos. Não há evidências de que cabelos menos volumosos ou lisos estejam mais protegidos contra os piolhos em comparação com outros tipos de cabelo. Portanto, é crucial desmistificar essas crenças populares.

É importante mencionar que substâncias oclusivas, como maionese, não são comprovadamente eficazes no tratamento dos piolhos. A utilização desses produtos pode ser ineficaz e até mesmo atrapalhar.

Quanto aos tratamentos medicamentosos, é fundamental consultar um médico antes de iniciar qualquer tipo de terapia. O médico poderá avaliar a situação, considerar os fatores individuais e recomendar o tratamento mais adequado. Siga orientações médicas para obter melhores resultados no combate aos piolhos.

Orientações finais…

Embora seja uma questão persistente em nossa rotina, a infestação por piolhos não mostra sinais de diminuição em um futuro próximo, o que torna a prevenção uma medida fundamental. É importante estar atento aos sinais clínicos e aos alertas precoces, a fim de saber quando buscar ajuda especializada. Ressaltamos constantemente o valor da informação como uma aliada poderosa em momentos como esse. Em caso de dúvidas, é essencial buscar assistência para obter esclarecimentos e orientações necessárias. 

Que tal acessar mais conteúdo no nosso blog?! Confira um pouco mais sobre a Febre Maculosa!

Fique atento! 

Até a próxima !

 

Referências

Infecções cutâneas parasitárias: aspectos clínicos e atualização terapêutica. Sociedade Brasileira de Pediatria.

Pediculosis capitis. UpToDate

Pediculose na Infância. WhiteBook

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