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Bebê a caminho: os primeiros 4 sinais de gravidez

sinais de gravidez

Por estarem constantemente sob efeito de oscilação hormonal, as mulheres podem ter dificuldades em interpretar quando mudanças no corpo são sinais de gravidez ou simplesmente um efeito do ciclo menstrual. Aí basta a menstruação atrasar um dia e, pronto, o friozinho na barriga aparece.

Geralmente, os primeiros sinais físicos de uma gestação acontecem de uma a duas semanas após o atraso menstrual, mas o diagnóstico definitivo é dado por meio do exame de sangue, urina ou ultrassom. 

Neste post, apresentamos os sinais mais precoces da gestação e alguns dos cuidados fundamentais que devem ser tomados no primeiro trimestre de gravidez, caso você desconfie que um bebê pode estar a caminho. Boa leitura!

1.Não desceu!

A ausência da menstruação é o sinal mais clássico de que uma gestação pode ter se iniciado. Isso porque a cada mês o útero se prepara para receber um embrião, e o sangramento indica justamente que a fecundação não aconteceu. 

O corpo lúteo, que é um restinho do folículo que foi ovulado, produz progesterona na fase pós-ovulação, o que mantém o endométrio preparado para uma possível gravidez. 

Se você estiver grávida, a gonadotrofina coriônica humana (hCG) do embrião estimulará o corpo lúteo se desenvolver para que as paredes do útero não descamem. Caso a fecundação não tenha acontecido, o corpo lúteo se degenera; aí a queda brusca de progesterona faz com que o endométrio desabe e, voilà, habemus menstruação.

Vale a pena lembrar que algumas mulheres podem apresentar algum sangramento entre 6 e 12 dias após a fecundação, devido à implantação do embrião no útero. Esse sangramento geralmente não está associado a cólicas uterinas, não dura mais que 2 dias e é bastante brando, de coloração rósea, marrom ou preta.

Calma, nem sempre é gravidez

Existem centenas de condições que podem atrasar a menstruação e, se você estiver muito ansiosa ou estressada, já podemos começar por aí. O sistema reprodutivo feminino depende em primeira instância do hipotálamo, uma estrutura que é vizinha da região do encéfalo que processa as emoções, o sistema límbico. 

Isso significa que a função hipotalâmica pode estar alterada em mulheres submetidas a fortes impactos emocionais. Algumas delas podem até entrar em anovulação crônica, isto é, não podem estar grávidas, porque não estão sequer ovulando.

Além do fator emocional, perda excessiva de peso, distúrbio alimentar, prática de exercícios físicos em excesso, síndrome dos ovários policísticos, hiper e hipotireoidismo são outros exemplos de situações em que a menstruação pode não descer.

2. De olho nos seios

Nas primeiras semanas de gravidez nem adianta ficar procurando barriguinha no espelho. A barriga, quando cedo, leva pelo menos três meses para dar as caras. Já os seios, esses sim, podem manifestar algum sinal de gravidez mais precoce.

À semelhança do que acontece no período pré-menstrual, sob uma ação forte de progesterona, os seios da gestante podem se mostrar mais inchados, doloridos ou apenas com a sensibilidade aumentada. 

A pele da aréola tende a se tornar mais espessa e vascularizada, podendo adquirir coloração arroxeada. Há, ainda, o surgimento de uma aréola secundária, mais externa e com limites ligeiramente apagados. Nessa fase, o hormônio prolactina tem o papel de fazer a mama se desenvolver, enquanto a função de produção do leite é suprimida pelo estrogênio e pela progesterona.

Já os tubérculos de Montgomery, apesar do nome grande, são apenas pequenos carocinhos similares a espinhas, porém indolores, que aparecem na periferia do mamilo. Essas glândulas ficam mais salientes durante a gestação e ao longo do período de lactação, e têm a função de produzir uma secreção que lubrifica e protege o mamilo.

3. O tal enjôo…

Náuseas e vômitos também são sinais de gravidez que chegam a acometer até 85% das gestantes também podem ser chamados de “hiperêmese gravídica”. Trata-se de uma sensação desagradável e vontade iminente de expelir o conteúdo gástrico, além de sialorreia — produção excessiva de saliva — e suor frio. 

Durante o primeiro trimestre de gravidez esses sintomas são mais comuns, principalmente no período matinal das primeiras 5 a 9 semanas. De acordo com a Febrasgo, existem algumas teorias que tentam explicar a origem desses enjôos, entre elas, a de uma tendência genética, a da influência emocional e até mesmo de uma possível infecção pela bactéria gástrica Helicobacter pylori.

O que se sabe, no entanto, é que a progesterona e o estrogênio em ascensão no início da gestação reduzem o tônus dos músculos do trato gastrointestinal e interferem nos movimentos peristálticos. Os enjôos, portanto, podem resultar de uma alteração funcional do organismo da mãe a esses estímulos, embora só isso não explique completamente o quadro.

Não tem enjôos?

Mesmo que você não tenha enjôos, é recomendável que todas as gestantes adotem dietas mais leves, frequentes e pobres em gorduras. Procure também evitar a ingestão de líquidos nas duas primeiras horas da manhã, porque seu estômago agora levará mais tempo para se esvaziar e os líquidos podem atrasar ainda mais esse processo.

Se você sofre de uma hiperêmese gravídica leve, pode se beneficiar de abordagens alternativas como aromaterapia, acupuntura, hidroginástica, uso de piridoxina (Vitamina B6) ou uso de pirulitos e balas de gengibre, que possuem ação contra as náuseas. Se o caso for mais grave, converse com seu médico para averiguar a necessidade de uma intervenção medicamentosa, mas nunca use qualquer remédio sem prescrição. Combinado?

4. À flor da pele

Além da pigmentação dos mamilos, a pele de outras regiões do corpo também pode sofrer escurecimento devido à maior produção de melanina. Durante a formação embriológica, existe uma linha de fechamento de nosso esqueleto, e é justamente nessas regiões que a pele tende a escurecer. Por isso, as grávidas podem apresentar uma linha vertical no abdômen, a “linha nigra”, e o escurecimento da vulva, que também é uma área mediana de fechamento do esqueleto. 

Outras alterações comuns são o melasma — manchas pigmentadas na face —, o maior crescimento dos pêlos e das unhas, além do aumento da microvascularização periférica, que faz surgir vasinhos parecidos com teias de aranha na superfície da pele. Por fim, as glândulas suprarrenais na gravidez estão hiperfuncionantes e o cortisol produzido por elas pode favorecer o aparecimento de estrias. 

Na dúvida, fique ligada!

Se você suspeita de uma gravidez e tem sinais, mas ainda não teve diagnóstico por meio de exame de sangue (Beta-HCG), urina ou ultrassom, vale a pena tomar alguns cuidados. O primeiro trimestre é um período crítico para a exposição do feto a diversas substâncias, já que constitui a principal fase de sua formação.

Mãe segurando teste de gravidez positivo. Sinais de gravidez

A literatura mostra que o uso de alguns medicamentos pode causar malformações e aborto, sendo o próprio anticoncepcional uma dessas substâncias. Alguns anti-hipertensivos amplamente utilizados, como captopril e atenolol, também são tóxicos, assim como a maioria dos antifúngicos e certos antidepressivos.

O uso e o abuso do álcool durante a gravidez também é comprovadamente nocivo, sendo tanto pior quanto maior a dose ingerida. Isso porque o álcool atravessa a barreira placentária, o que acaba por impregnar o líquido amniótico. No primeiro trimestre da gestação podem acontecer anomalias físicas; no segundo, aborto e, no terceiro, pode haver prejuízo ao crescimento fetal. As mesmas recomendações valem para gestantes fumantes.

Agora que você já sabe quando desconfiar de alguns sinais de gravidez e quais cuidados imediatos tomar enquanto não houver a confirmação, não deixe de assinar nossa newsletter. Por meio dela, você fica por dentro das novidades mais relevantes para o desenvolvimento do seu bebê!

Noeh, tecnologias para cuidar da vida!

Espero que tenham gostado!

Se ainda tiver com dúvida, busque seu ginecologista ou médico de confiança!

Um abraço apertado, com carinho da Noeh

 

 Referências:

  • LEOPERCIO, Waldir  and  GIGLIOTTI, Analice. Tabagismo e suas peculiaridades durante a gestação: uma revisão crítica. J. bras. pneumol. [online]. 2004, vol.30, n.2 [cited  2020-05-26], pp.176-185. 
  • CARRARA HH A & DUARTE G. Semiologia obstétrica. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 88-103, jan./mar. 1996
  • Êmese da gravidez / Geraldo Duarte… [et al]. — São Paulo: Federação das Associações Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2018. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no. 2/Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-natal). 23p.
  • Estresse e função reprodutiva feminina Stress and female reproductive function. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 5 (1): 119-125, jan. / mar., 2005
  • What Is Implantation Bleeding? | Healthline
  • Infarma. Risco potencial do uso de medicamentos durante a gravidez e a lactação. V. 25, Nº 1, 2013
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