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Brotoejas x alergia ao suor: conheça a diferença

Os problemas dermatológicos são frequentemente a causa de consultas médicas em recém nascidos e crianças. É bolinha pra cá, manchinha pra lá, picada de bicho aqui e roxinho acolá. As brotoejas, nesse contexto, são lesões super comuns. Mas, será que elas são mesmo sinônimo de alergia ao suor, como dizem por aí?

De qualquer maneira, a preocupação das mamães é legítima: a pele é o maior órgão do corpo humano. É ela que protege o organismo contra ações mecânicas, térmicas e agentes agressores infecciosos e tóxicos. Essa proteção é chamada barreira cutânea, e quanto mais jovem o bebê mais permeável e vulnerável ela se torna. 

O texto de hoje tem como objetivo diferenciar as brotoejas da alergia ao suor. Falaremos, ainda, sobre prevenção e o tratamento dessas doenças. Vem com a gente!

Brotoejas de montão!

O nome científico das brotoejas é miliária, mas elas também são conhecidas como dermatite do calor. Entre elas, existem 3 subtipos: miliária cristalina, rubra e profunda. Ao contrário do que muitas mamães pensam, as brotoejas não são picadas de bicho ou uma reação alérgica.

Elas são causadas pelo entupimento das glândulas sudoríparas (de suor). Por isso, pioram diante de situações de estresse térmico, como febre, uso de roupas apertadas, incubadoras ou simplesmente pelo clima mais quente.

O que diferencia os 3 subtipos de miliária é o nível em que ocorre o entupimento das glândula. Quanto mais profunda a obstrução, mais feinha e inflamada fica a lesão.

A miliária cristalina, portanto, costuma aparecer logo nos primeiros dias de vida sob a forma de pequenas bolhinhas transparentes e superficiais. A localização mais comum é em regiões de dobra da pele, mas também na face, tronco, couro cabeludo e ombros.

Já a miliária rubra é mais tardia, e tende a aparecer depois da primeira semana de vida do bebê. Nela, a obstrução é mais profunda produzindo lesões elevadas, avermelhadas devido à inflamação. 

A miliária profunda ou pustulosa, por sua vez, é mais rara e tem obstrução ainda mais profunda. Isso faz com que seu conteúdo, em vez de transparente e cristalino, seja de secreção purulenta (pus).

Outros sintomas comuns das brotoejas são bolhas, coceira e queimação. Além do calor gerando suor excessivo, uso de substâncias químicas, como óleos, bronzeadores e cremes gordurosos também podem obstruir as glândulas dos pequenos, que ainda são imaturas.

Assim, sempre que for usar óleos, certifique-se de que eles são 100% naturais e próprios para esse tipo de tratamento.

Tratamento e prevenção da miliária

A boa notícia é que para prevenir o aparecimento de brotoejas basta evitar o calor e situações que façam o bebê transpirar excessivamente. É natural que a mãe, sobretudo nos primeiros dias de vida, tema que o bebê sinta frio e o encha de roupinhas de flanela, mantinha e até touca.

No entanto, o metabolismo do seu recém nascido é bem mais alto que o seu. Isso significa que ele consegue gerar muito calor e não tem a mesma percepção de temperatura do ambiente que você. Portanto, assegure-se de estar escolhendo roupinhas adequadas e de não superaquecer o pequeno. 

A linha de roupas infantis da Noeh é feita em modelagem ampla, que não aperta o bebê. Além disso, é confeccionada em tecidos naturais que tendem a absorver melhor o suor e contribuir com a troca de calor. Portanto, evite sempre usar tecidos sintéticos, porque eles represam o suor e favorecem o aparecimento das brotoejas. 

Adicionalmente, é recomendável, em crianças maiores, banhos mais frequentes (sem abusar do sabonete) e compressas de camomila. Os ambientes que a criança frequenta devem também ser sempre arejados, mesmo que isso exija o uso de ventiladores. E a gente já adianta: ao desaparecer, a brotoeja pode deixar uma descamação leve na pele, mas não é nada preocupante, viu?

Isso mesmo, alergia ao próprio suor…

Existe alergia para tudo, e com o suor não seria diferente. O nome técnico que se dá para essa condição é urticária colinérgica. Ela se caracteriza pelo aparecimento de bolhas elevadas, avermelhadas e que coçam quando a temperatura corporal aumenta: são as chamadas pápulas.

Ora, mas essa não era a definição da miliária? Parece, mas não é. Enquanto a miliária dá origem a bolhinhas mais delicadas, a alergia causa manchas vermelhas mais grosseiras, com aspecto inflamado e inchaço da região. A localização mais comum das lesões é no tórax e no pescoço, mas elas podem se espalhar por toda parte. 

Diferentemente do que acontece em grande parte das reações alérgicas, nesse tipo de urticária, o estímulo desencadeador da reação é o aumento da temperatura do corpo. Acredita-se que isso faria as fibras nervosas periféricas liberar mais acetilcolina (neurotransmissor). 

Por sua vez, a acetilcolina pode estimular a liberação dos mediadores mastocitários, sendo a histamina o mais famoso deles. São essas substâncias que acabam causando edema, coceira e todo o desconforto da alergia.

Outros sintomas comuns dessa alergia são as alterações respiratórias, que podem aparecer em associação com a reação da pele, assim como lacrimejamento, diarreia e salivação. Isso tudo pode ocorrer, por exemplo, depois de um exercício físico, banhos em água quente ou episódios de estresse.

Miliária X Urticária

Dito isso, saiba que uma das grandes diferenças entre a miliária e a urticária por suor é que a primeira é mais comum logo no início da vida, ao passo que a segunda acomete apenas 0,1 a 0,3% das crianças. Isto é, o pico de incidência da urticária colinérgica ocorre principalmente na vida adulta. 

Por falar em alergia, lembre-se: o leite materno é uma ferramenta poderosa para preveni-las porque é rico em anticorpos e substâncias importantes que protegem a criança por toda a vida. O leite materno não dado hoje é o antialérgico de amanhã!

Tratamento e prevenção da urticária por suor

À semelhança do que ocorre na miliária, o tratamento da urticária colinérgica passa por evitar situações de superaquecimento e transpiração excessiva. Isso significa que exercícios físicos prolongados são contraindicados, assim como banho de água quente.

A diferença, por outro lado, é que toda reação alérgica tem o potencial de desencadear anafilaxia, uma reação alérgica grave e que pode ser fatal. Sob esse ponto de vista, as brotoejas são bem mais inofensivas que a alergia ao suor.

O grande problema da alergia é que ela tende a ser crônica, isto é, os pacientes podem ter os sintomas por muitos anos entre indas e vindas. Durante a adolescência, principalmente, isso pode prejudicar a qualidade de vida e autoestima do paciente, porque algumas limitações de atividade se impõem. 

A boa notícia, no entanto, é que as medidas de prevenção associadas ao tratamento com anti-histamínicos e corticosteróides, no geral, consegue controlar bem os episódios.

Pronto, agora você já sabe que as brotoejas são mais comuns nas primeiras semanas de vida e a alergia ao suor acomete principalmente os adultos. Já sabe, também, que a primeira é um entupimento das glândulas sudoríparas e a segunda uma reação exacerbada do sistema imunológico frente ao suor.

Ambas as condições serão beneficiadas pela diminuição de situações que provocam calor e transpiração excessiva. Então pessoal, nada de encher as crianças de roupa tá?! 

Aproveitando que o assunto são manchinhas na pele, vamos falar sobre dengue em crianças? Não deixe de conferir nosso post sobre esse assunto! Gostou do conteúdo? Deixe um comentário pra gente! Se tiver alguma dúvida pode deixar também!

Dengue em crianças: quais são os riscos?

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Um abraço apertado, com carinho da Noeh

Referências

  1. Consenso de cuidado com a pele do recém-nascido. SBP.
  2. Cuidados com a Pele Infantil. Painel Latino-Americano.
  3. Urticária Colinérgica Caso Clínico. NASCER E CRESCER. ano 2010, vol XIX, n.º 4
  4. ASBAI. Urticárias físicas: revisão 
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