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5 dicas de como estimular o bebê a andar

Um dos grandes passos (literalmente!) na vida de uma criança é aprender a andar. Quando o 10º mês de vida se aproxima, os papais e as mamães já ficam cheios de expectativas, tentando descobrir como estimular o bebê a andar. De fato, é mesmo mágico como eles adquirem tantas habilidades novas em um espaço de tempo tão curto de mil dias.

Isso acontece porque os neurônios infantis são altamente plásticos, isto é, flexíveis para a adaptação às condições e tarefas impostas pelo ambiente ou pelo próprio organismo.  Dessa maneira, espera-se que até o fim do 16º mês de vida seus movimentos tenham evoluído de simples reflexos a movimentos precisos, incluindo a aquisição da marcha. 

Das características ideais do ambiente às brincadeiras que podem ser feitas, hoje apresentamos 5 dicas de como estimular o bebê a andar. Vamos juntos?

 A aquisição da marcha e os estímulos do ambiente

Para começar a andar, uma criança precisa se auto-organizar integrando vários dos seus sistemas orgânicos. Só para ilustrar: com os sentidos, ela ouve e vê alguém chamando: “vem no papai, vem, você consegue!”. Essa informação, então, viaja pelo sistemas nervoso, onde é assimilada, e ativa o centro da motivação. 

Motivado, o bebê reúne informações que vêm do córtex e do cerebelo — responsável por planejar e calcular a precisão do movimento — e dá a ordem para que o sistema muscular e esquelético dê um passinho. Para dar o próximo passo, toda essa cascata de estímulos precisa acontecer de novo. 

Assim, ela começa a recrutar sua memória a fim de se lembrar do que foi necessário para dar o primeiro passo para que, por fim, ela consiga repetir o movimento de forma mais automática. É isso mesmo: movimentar-se tem uma forte relação com a memória. Lembra daquela história de que quem aprende a andar de bicicleta nunca mais esquece? Pois é!

Embora nos pareça algo absolutamente instintivo, o aprendizado motor da marcha é complexo e desafiador. A literatura científica mostra que jogos, práticas culturais e brinquedos, assim como o incentivo por parte dos cuidadores, é fundamental para um desenvolvimento pleno dentro do tempo adequado. Um ambiente cheio de riscos, por outro lado, pode atrasar esse processo. 

Como estimular o bebê a andar

Papais e mamães, respirem fundo e preparem seus corações. Ver os pequenos aprenderem a andar é uma das coisas mais emocionantes dos primeiros mil dias de vida. No início, pode até bater aquela insegurança de ver o bebê ganhando independência, mas ah… cada sorrisinho vale a pena. 

Descubra, na sequência, como estimular o bebê a andar!

1. Deixe o bebê livre

Se o seu bebê já completou um aninho e ainda tem muita resistência a começar a andar, experimente deixá-lo mais livre. Calma, isso não significa perdê-lo de vista. Nós sabemos que nessa idade são comuns os acidentes por quedas, afogamentos e deglutição de objetos.

Isso significa simplesmente evitar com que ele fique tempo demais no colo, berço ou cadeirinha. A ideia é que ele possa se socializar com outras crianças e adultos, escolher os brinquedos com os quais quer brincar e ampliar seu universo visual. Tudo isso ajuda a reforçar a curiosidade do bebê, e esse é o motor de motivação pessoal para ele queira explorar o mundo.

2. Ofereça condições favoráveis

Tudo que oferece risco ao bebê no ambiente deve ser eliminado: pisos escorregadios, pontas desprotegidas, tomadas, degraus etc. Um bebê engatinhando precisa de espaço para percorrer seu trajeto e um móvel no caminho, por exemplo, pode atrapalhar a conclusão da missão. A frustração diante dessa limitação, portanto, pode ser introjetada pela criança como uma incapacidade de atingir metas.

Além de um ambiente amplo e seguro, a criança que está em fase de treinar seu equilíbrio e seus primeiros passinhos precisa usar calçados adequados. Calçados totalmente planos, rígidos demais ou super apertados só irão desencorajá-la a tentar andar, porque não deixam com que o pé se movimente de forma ergonômica.

Isso, inclusive, pode ter implicações anatômicas na formação do pezinho e predispor problemas como a pisada torta. Isto é, nosso pé, assim como o cérebro, precisa ser estimulado para atingir sua capacidade funcional, e isso requer um sapato com características específicas, tais como:

  • oferecer proteção para o tornozelo contra lesões; 
  • material flexível;
  • ponteira reforçada para proteger os dedos;
  • altura suficiente para movimentação vertical dos dedos;
  • ponta elevada;
  • solado irregular para estimular a musculatura;
  • largura adequada.

Os sapatinhos infantis Noeh simulam a caminhada em solo irregular, do jeitinho que deve ser. Conheça essa tecnologia, clicando aqui.

3. Substitua os sustos por reforço positivo

O mundo será um lugar melhor quando os pais entenderem que seus filhos absorvem facilmente seus medos. Você pode achar que não, mas a criança é sim capaz de perceber a presença de uma superproteção ou de tensão excessiva relativa aos seus movimentos. 

É normal que você tenha medo de quedas e machucados, mas aceite: eles acontecerão. O importante é que você tenha uma postura tranquila diante disso tudo, sem pânico. Se o neném caiu e chorou, ofereça aconchego e colo. Sinais de alarme como vômito ou sonolência podem indicar que é necessário ver o médico, mas no geral, procure não demonstrar um susto desproporcional em relação a pequenas quedas.

Em suma, é muito importante que os pais adotem uma postura segura e positiva em relação ao início da marcha. Uma vez que o ambiente já foi adequado para a tarefa e os riscos removidos, procure sempre convidar seu bebê para brincar e crie o hábito de elogiar cada vez que uma tarefa for bem executada. 

4. O polêmico andador

Você já sabe que a transição entre uma postura de 4 apoios (engatinhar) para a postura bípede e, na sequência, a aquisição da marcha é um processo evolutivo que requer etapas bem consolidadas. Às vezes, a ansiedade dos pais para que a criança ande logo faz com que eles recorram a estratégias que não respeitam, literalmente, esse passo-a-passo.

O andador infantil é um assento com abertura para as pernas do bebê conectado a rodinhas e a uma bandeja de plástico. Assim, o grande benefício do uso dessa ferramenta residiria no fato de facilitar a prática da marcha em suas fases iniciais, quando a criança ainda não consegue explorar o ambiente ficando de pé.

Não há um consenso na área científica que o andador faz bem ou mal. Pesquisas têm mostrado que o andador pode causar alterações no padrão da marcha infantil, porque desloca o centro de gravidade da criança e induz um contato inadequado dos pés com o solo. Isso é importante porque o centro de gravidade é a essência da marcha: é em relação a ele, por exemplo, que os braços aprendem a se mexer de forma sincronizada enquanto a gente caminha. Mas, por outro lado, existem pesquisas que não encontraram diferenças motoras entre crianças que usaram andador e crianças que não.

Porém, não usar o andador é uma forma básica de prevenir acidentes com o bebê, já que eles podem causar traumas gravíssimos. O andador não causa acidentes, mas exige um local seguro para o uso. Porém, como não há um consenso para o andador, vamos tentar à moda antiga mesmo, tudo bem?

5. Aposte nas brincadeiras

Algumas técnicas facilitam o processo de aquisição da marcha, porque proporcionam segurança e autonomia progressiva ao bebê. A primeira delas é colocar a criança de pé se apoiando em algum objeto firme, como uma mesinha de centro. Instintivamente, o bebê tende a se mover em volta do objeto, tendo-o como apoio. 

Para estimular o bebê a andar, você pode colocar um brinquedo que o atraia muito em um ponto não muito distante da base de apoio, por exemplo, na ponta do sofá. O brinquedo, nesse caso, funciona como objeto de desejo e motivação do bebê, fazendo com que ele tente alcançá-lo. 

Como estratégia, o bebê pode se jogar ao chão, engatinhar até a ponta do sofá e, então, se levantar de novo para pegar o brinquedo. Com o tempo, ele se sentirá mais seguro para fazer a rotação do corpinho e, quem sabe, transferir o apoio da mesa de centro para o sofá.

Outra brincadeira que os nenéns adoram é dar passinhos segurando a mão dos pais. Isso permite a eles treinar o movimento sem cair, o que é ótimo no princípio. A dica é começar segurando as duas mãos e, quando a criança estiver acostumada, soltar uma das mãos. 

O bebê andou!

Finalmente, quando o bebê demonstrar mais equilíbrio e autonomia ao ficar de pé, experimente mostrar um brinquedo e convidá-lo em sua mão. Conforme o bebê for se aproximando, afaste o brinquedo para que ele dê seus passinhos.

A aquisição da marcha é, como você pôde observar, um marco do desenvolvimento importante para a criança e emocionante para os pais, porque representa um enorme passo em direção à autonomia. Esse processo exige cuidado e participação, mas especialmente tranquilidade. Por isso, saber como estimular o bebê a andar também é uma forma de carinho a criança.

Se seu bebê está nessa fase, você não pode deixar de ler nosso post “Bebê com pé chato: pé plano na primeira infância é normal?”.

Noeh, tecnologias para cuidar da vida!

Espero que tenham gostado! Se tiver dúvida é só perguntar!

Um abraço apertado, com carinho da Noeh

Referências

  1. OLIVEIRA, Sheila Maria Silva de; ALMEIDA, Carla Skilhan de  and  VALENTINI, Nádia Cristina. Programa de fisioterapia aplicado no desenvolvimento motor de bebês saudáveis em ambiente familiar. Rev. educ. fis. UEM [online]. 2012, vol.23, n.1 [cited  2020-06-04], pp.25-35. 
  2. Revista Crescer. 10 dicas para estimular o bebê a andar
  3. Schopf PP, Santos CC. The influence of use of sensory motor walker on the development of children at schools in early childhood education. Journal of Human Growth and Development.
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