Com a chegada do friozinho, as doenças respiratórias ganham a cena. Além de resfriados e gripes comuns, a asma é um problema que tira o sono dos babies e, consequentemente, dos pais. Por isso, é preciso saber como usar bombinha de asma!
Essa condição é uma doença crônica muito frequente na infância. De fato, a asma alérgica tende a começar logo nos primeiros meses de vida e nem sempre vai apresentar um diagnóstico claro.
Por isso, vale deixar claro, desde já, que a medicação só deve ser utilizada após prescrição médica. Isso porque existem indicações bem descritas sobre ela e, claro, o uso inadvertido pode ser prejudicial para os pequenos.
Entenda o que é asma
Antes de partir para o tratamento em si, vamos entender um pouco melhor sobre a asma. De modo geral, ela é uma doença crônica caracterizada pela inflamação das vias aéreas. Por ser crônica, significa que não tem cura, mas pode ter controle!
É justamente por meio do controle que as pessoas vão alcançar uma melhor qualidade de vida, com menor número de crises ou exacerbações. Por outro lado, a falta de acompanhamento pode gerar consequências irreversíveis.
Neste caso, o ponto-chave é a inflamação das vias aéreas. Dessa forma, os brônquios e bronquíolos tendem a ficar mais constritos, ou seja, com um menor diâmetro. Essa redução no calibre dificulta a passagem de ar e desencadeia alguns sintomas da doença.
Imagine só se isso acontece repetidas vezes ao longo da vida… pois é, acaba gerando o que chamamos de remodelamento brônquico. Assim, as vias aéreas pulmonares ficam acometidas de maneira irreversível.
Por isso, é tão importante o diagnóstico preciso, com identificação das causas e elaboração de um plano terapêutico.
Veja quais as principais causas
Quando o assunto é asma, existem diferentes causas ou fenótipos. O mais comum deles é a chamada asma alérgica, que inicia, principalmente, na infância. Neste caso, existe uma resposta a alguns elementos que aumentam a hipersensibilidade das crianças.
Não é raro que o baby asmático apresente outras doenças associadas com processos alérgicos, como dermatites e conjuntivites. Por isso, tão importante quanto o tratamento e controle, é identificar o fator que desencadeia os quadros.
Mas não existe só a asma alérgica. Na verdade, a não-alérgica também é comum, sobretudo nos grandes centros urbanos, com altas taxas de poluição. Porém, este quadro tende a apresentar início tardio, mais próximo à vida adulta.
Por fim, dentre as principais causas, não podemos deixar de citar a influência da obesidade e tabagismo. Tais fatores também aumentam a predisposição para o surgimento da asma na população jovem.
Saiba quais são os sintomas
Os sintomas da asma estão diretamente relacionados com o mecanismo da condição. Se há um estreitamento das vias aéreas que dificulta a passagem de ar, a criança pode apresentar como sintoma dificuldade para respirar.
Nos casos graves, a dificuldade pode ser grave a ponto de necessitar de intervenção médica urgente. Por isso, é tão importante para os pais saberem como usar bombinha de asma, a fim de minimizar os riscos em casa.
Além da falta de ar, é muito comum a presença de chiados, conhecidos na medicina como sibilos. Associado a isso, a tosse produtiva não é rara, afinal, a inflamação das vias aumenta a produção de muco.
Outra característica clássica é o relato de piora do quadro à noite e pela manhã. Já os fatores desencadeantes podem ser os mais variados, como:
- exercícios físicos;
- resfriados;
- mudança do tempo;
- substâncias irritantes.
Por fim, todo esse quadro pode gerar um desconforto torácico, mais caracterizado como uma dor opressiva.
Veja como é o diagnóstico e tratamento
Diante dos sintomas acima, a grande suspeita diagnóstica torna-se a asma. Porém, existem exames capazes de confirmar ou descartar a possibilidade. O mais utilizado é a espirometria com prova broncodilatadora.
Basicamente, ela avalia a quantidade de ar expirado habitualmente pela criança e, em seguida, avalia novamente após o uso de dilatador de brônquio. Caso realmente seja asma, o fluxo aumenta com o uso da medicação.
Porém, nem sempre é um exame fácil de realizar nos pequenos, afinal, requer uma compreensão das instruções. Por isso, um bom exame clínico pode ser suficiente para indicar o tratamento.
O primeiro passo dessa etapa é identificar quais fatores desencadeiam os sintomas. Se isso não for bem determinado, pode dificultar o controle da condição. Já os medicamentos devem cumprir com 2 funções: realizar broncodilatação e diminuir inflamação.
No primeiro caso, estamos falando dos inaladores — que logo você vai aprender como usar bombinha de asma. Já no segundo, são os corticoides tópicos, ou spray nasal. Ambos os casos devem ser utilizados apenas sob prescrição médica.
Descubra como usar bombinha de asma
Agora que você sabe a função do equipamento, vamos entender melhor como usar bombinha de asma. Entenda, primeiro, que existem diferentes tipos, como aquelas em pó, spray ou nebulização.
A grande importância da inalação é que o medicamento vai diretamente para seu local de ação e se deposita nas vias aéreas. Dessa forma, vai utilizar menores doses e potencializar o resultado do tratamento.
Nas crianças abaixo de 4 anos, é indispensável o uso de um espaçador com máscara facial. Tal máscara deve cobrir o nariz e a boca do pequeno, a fim de minimizar a perda do medicamento para o ambiente.
Outros benefícios do espaçador da bombinha de asma
Além disso, o espaçador vai diminuir a velocidade das partículas, que resulta em menor impacto na boquinha dos pequenos. Assim, as partículas grandes ficam retidas nele, com menor absorção sistêmica e redução de efeitos locais indesejados.
De toda forma, o transporte e a aplicação continuam muito práticos. Então, bora aprender?
- Primeiro, retire a tampa do frasco do medicamento e agite-o durante 3 a 5 segundos.
- Em seguida, encaixe-o verticalmente no local apropriado do espaçador.
- Efetue a aplicação no momento que a criança inspirar.
- Não retire ainda o equipamento do rostinho! Espere cerca de 6 ciclos de respiração.
- Se houver mais doses, repetir os passos acima.
Aprendeu direitinho a como usar bombinha de asma? Veja que não é muito difícil e que o espaçador é um grande aliado! Vale ressaltar que o tratamento informado é o básico da abordagem.
Porém, cada caso é um caso e existem outras etapas de tratamento para casos refratários. No fim, a grande lição que fica é a importância de um bom pediatra, seja para diagnóstico da condição, seja para instruir corretamente o uso da bombinha.
Agora, que tal conhecer outras doenças respiratórias comuns na infância?
Referências
Diretrizes da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e Sociedade Brasileira de Pediatria para sibilância e asma no pré-escolar. Asma, alergia e imunologia.
Asma pediátrica. Sociedade Brasileira de Pediatria.