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Dengue em criança: quais são os riscos?

Em 2020, assistimos à escalada de uma virose que faz vítimas fatais sobretudo em pacientes mais idosos, o COVID-19. Diferente do coronavírus, que não nos deixa tão alarmados com relação aos pequenos, a dengue em criança exige cuidados reforçados, sobretudo porque é muito prevalente.

Diferente do COVID, as arboviroses, grupo de doenças que inclui dengue, chikungunya, zika e a febre amarela, têm como grupo de risco as crianças, porque elas apresentam condições orgânicas que favorecem a evolução para forma mais graves dessas doenças. 

Neste post vamos explicar o que o vírus da dengue faz dentro do organismo e quais sintomas ele causa. Além disso, você vai conhecer um jeito muito prático de proteger seu bebê. Confira!

Um problema crescente

É de se espantar como que, mesmo com todo o conhecimento técnico-científico que alcançamos, ainda somos alvos fáceis para a natureza. E não estamos isentos de culpa. As interferências que provocamos nos ecossistemas, a ocupação desordenada dos centros urbanos e as mudanças climáticas favoreceram o aumento das taxas de transmissão de várias doenças nos últimos anos.

Das arboviroses, a dengue é a mais comum em todo o mundo, e sua incidência aumentou em 30 vezes no intervalo de 5 anos. Embora o maior número de casos aconteça em adultos e idosos, as crianças precisam de atenção especial. Isso porque esse grupo de viroses apresenta sintomas diversos, inespecíficos e muitos deles são comuns a outras doenças, dificultando o diagnóstico.

Além disso, devido à alta taxa de mutação e variedades de sorotipos desses vírus, não existe um tratamento definitivo, apenas medicações que atenuam os sintomas. O mesmo raciocínio vale para a não existência de vacinas, com exceção da febre amarela cuja primeira dose da imunização deve acontecer aos 9 meses de idade

Por falar nisso, já conferiu se o cartão de vacina do bebê está em dia?

A transmissão da dengue

O agente que transmite dengue, chikungunya, zika e febre amarela é o mesmo: o mosquito Aedes Aegypti. As fêmeas, infectadas com o vírus, transmitem-o pela saliva quando picam o ser humano. Esses são vetores urbanos, de atividade diurna e que se reproduzem em recipientes que armazenam água parada. 

É importante conhecer, ainda, duas outras formas de transmissão: durante o parto, se a mãe tiver o vírus no sangue, e por meio do leite materno.

A ação do vírus

Geralmente, uma vez que o bebê foi picado, os sintomas demoram de 4 a 12 dias para aparecer. Nesse período, o vírus vai se espalhando pelos linfonodos (que têm função imunológica no corpo) e, então, acaba entrando nas células de defesa do sangue. 

Dentro dessas células, o vírus consegue se multiplicar e se espalhar pelos vasos sanguíneos, desencadeando uma inflamação e dando origem à fase febril da doença. 

Os sintomas da dengue em criança

Na fase febril da dengue, a temperatura do corpo pode ficar alta (39º C a 40º) durante 2 a 5 dias. Outros sintomas como dor de cabeça e no corpo, dor “atrás dos olhos”, náuseas e diarreia também podem aparecer. 

Contudo, as famosas manchinhas vermelhas (exantemas) aparecem só em 50% dos casos, geralmente 3 dias depois do início da febre. Elas acometem principalmente a pele do rosto, do tronco e membros, estando presentes também planta dos pés e na palma das mãos. 

Algumas crianças e bebês, sobretudo menores de 2 anos, podem não apresentar nenhum sintoma ou ficarem simplesmente sonolentas. É justamente aí que mora o perigo: o fato de elas não conseguirem expressar o que estão sentindo atrasa o diagnóstico e, por isso, elas são grupo de risco. 

Dessa maneira, a mamãe e o papai devem se atentar também a sinais como prostração, irritabilidade, choro fácil, febre alta e persistente, dor abdominal, diarreia e recusa a se alimentar ou a ingerir líquidos. 

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Depois da febre

A dengue é traiçoeira porque, ao contrário do que a gente tende a pensar, o risco não acaba quando a febre passa. Muito pelo contrário: a fase crítica da dengue acontece justamente depois que a febre abaixa, entre o 3º e o 7º dia de doença. 

Nesse contexto, quando falamos em forma grave da dengue, nos referimos ao risco de extravasamento do sangue para fora dos capilares sanguíneos, causando hemorragias ou disfunção de órgãos fundamentais (hepatites, encefalites ou miocardites). 

Os sinais de alarme da dengue em criança podem aparecer abruptamente, e avisam que é hora de correr para o médico. Elencamos os principais deles a seguir:

  • dor abdominal intensa e que não passa;
  • vômitos persistentes;
  • sensação de desmaio;
  • dor na região do fígado (do lado direito, onde terminam as costelas);
  • perda de sangue no vômito ou nas fezes;
  • diminuição do volume urinário;
  • diminuição súbita da temperatura corporal (hipotermia);
  • desconforto para respirar.

Dito isso, é preciso reforçar que a forma hemorrágica da dengue é mais frequente em crianças bem novas, porque elas têm menor reserva fisiológica. Isto é, elas têm menos capacidade de compensar o extravasamento de sangue, e podem entrar em choque hipovolêmico, que é quando falta volume de sangue dentro dos vasos. Portanto, fique atento!

O aparecimento da forma hemorrágica

Todo mundo já ouviu falar pelo menos uma vez que uma segunda infecção pelo vírus da dengue é pior que a primeira. De fato isso é verdade. 

Ao contrário do que se imagina, quando já houve infecção posterior por um sorotipo diferente do vírus da dengue, o “novo vírus” encontra uma porta de entrada mais fácil para atacar as células do sistema de defesa. É como se a primeira infecção, em vez de imunizar a pessoa, preparasse o terreno para uma forma pior da doença. Isso desencadeia uma resposta inflamatória muito exagerada. 

Essa teoria, no entanto, não explica todos os casos de dengue hemorrágica. Hoje, já se sabe que essa forma grave pode estar relacionada a mutações potentes do vírus ou a características genéticas da própria pessoa, que podem facilitar ou dificultar a replicação do danadinho.

Por fim, na fase de recuperação, o conteúdo que saiu dos capilares sanguíneos é progressivamente reabsorvido e os sintomas vão melhorando. Em algumas pessoas as manchas vermelhas na pele podem voltar a aparecer, com coceira ou não. Aqui, infecções bacterianas secundárias à dengue podem complicar o caso, ou seja, é preciso manter o acompanhamento médico bem de perto.

Tratamento da dengue em criança

Infelizmente, ainda não existe um bom remédio para combater a dengue. O que fazemos, então, é controlar a febre com paracetamol ou dipirona. O AAS (ácido acetilsalicílico ou Aspirina) e os anti-inflamatórios não devem ser utilizados, porque aumentam a chance de hemorragia.

Em contrapartida, a segunda parte do tratamento passa por uma hidratação potente e repouso. Pacientes menores de 2 anos, gestantes, aqueles se recusam a beber líquidos e a se alimentarem ou que possuem dificuldade para respirar deverão ficar internados sob observação médica. 

Prevenção e critérios para a vacinação

Você deve saber que uma vacina contra a dengue já foi desenvolvida e está disponível no mercado, embora não faça parte do Calendário Nacional de Imunização da Criança. Mas, por que isso acontece?

A literatura científica mostrou que a vacina desenvolvida tem eficácia apenas no caso de indivíduos que já foram alguma vez infectados pelo vírus da dengue. A proteção dura por até 6 anos após a primeira dose e reduz significativamente o número de manifestações da forma grave… aquela tão temida, lembra?

Entretanto, se seu filho nunca teve dengue, não há indicação de tomar a vacina. Isso mesmo: não só ele não precisa tomar como não deve tomar, porque a vacina pode acabar induzindo a forma hemorrágica em pessoas nunca antes infectadas. Nesse caso, não vale a pena pecar pelo excesso.

Em vez disso, vale sempre a pena caprichar nas medidas de combate ao vetor, não deixando água se acumular em nenhum lugar da casa. Outra medida eficaz é fazer o uso de repelentes tópicos, que devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo. Na sequência, confira as regrinhas para o uso dessas substâncias:

  • bebês menores de seis meses não devem usar repelentes tópicos;
  • repelentes podem ser à base de DEET (N,N-dietil-3-metilbenzamida), IR 3535 e Icaridina;
  • crianças com mais de 6 meses de vida podem usar repelentes à base de IR3535 na concentração de 20%;
  • não use produtos à base de DEET ou Icaridina em crianças menores de dois anos; 
  • entre 2 e 12 anos não passe mais que três vezes por dia. 

Roupinhas repelentes

Felizmente, a tecnologia já descobriu formas mais eficientes de proteger seu bebê sem expô-lo à toxicidade dos repelentes químicos e sem a necessidade de ficar renovando o produto. 

A linha Niño da Noeh oferece proteção contra os vetores da dengue, zica e febre amarela, além de formigas, pulgas, e carrapatos. Isso mesmo: nossos tecidos são naturais e possuem em suas fibras um repelente à base d’água, a Permetrina. O ativo é aprovado pela Anvisa, e oferece como vantagem a proteção diurna e noturna, contínua desde o primeiro dia de vida do bebê.

Pronto! Desmistificamos tudo que era necessário saber sobre a dengue em criança: agora você já sabe que a vacina não é para todos e que o vírus pode ser transmitido também pelo leite.

Além disso, lembre-se de nunca usar AAS em caso de suspeita de dengue e vá correndo para o médico se você tem um bebê menor de 2 anos com sinais de alarme. Ficou  alguma dúvida? Comente no post e conte para a Noeh!

Noeh, tecnologias para cuidar da vida!

Espero que tenham gostado! Se tiver dúvida é só perguntar!

Um abraço apertado, com carinho da Noeh

 

Referências

  1. MARTINS, Marlos Melo; PRATA-BARBOSA, Arnaldo  and  CUNHA, Antonio José Ledo Alves da. Arboviroses na infância,. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2020, vol.96, suppl.1 [cited  2020-06-01], pp.2-11
  2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue : diagnóstico e manejo clínico – Adulto e Criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 3. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2007
  3. O que os adultos precisam saber sobre dengue nas crianças. SBP.
  4. Sociedade Brasileira de Pediatria – Departamento Científico de Imunizações. Vacinas contra a dengue: atualização
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