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#1ºanodevida

Exterogestação: o que fazer para acalmar o bebê?

Vamos falar sobre a teoria da exterogestação e a importância do toque para tranquilizar o bebê o contribuir para o desenvolvimento saudável do bebê.

Essa é uma teoria proposta pelo antropólogo Ashley Montagu, onde diz que a gestação não dura apenas 9 meses e sim 12, sendo que o último trimestre acontece fora do útero. Esses três meses fora do útero é o momento de transição em que o bebê necessita para se adaptar ao ambiente externo.

Teoria da Exterogestação (gestação fora do útero)

Realizando uma comparação com outros mamíferos, estudiosos afirmam que somos os animais mais imaturos no nascimento, onde a maioria dos outros ao nascer, já sabem se colocar de pé, caminhar e até comer sozinhos. A gestação humana é considerada a mais longa comparada aos outros mamíferos, os humanos demoram a se desenvolver neurologicamente, no entanto estudos indicam que se desenvolvêssemos tudo dentro do útero seria difícil a cabeça do bebê passar pelo canal vaginal.

“Os bebês choram porque nasceram três meses antes do tempo!”

Harvey Karp, pediatra, em seu livro O Bebê Mais Feliz Do Mundo.

No entanto esse último trimestre (considerado quarto trimestre do bebê ou a chamada exterogestação) é extremamente importante para o desenvolvimento neurológico, sistema respiratório, circulatório, digestivo e endócrino. Nesse período há confusão do bebê com o novo ambiente, o que pode ser uma etapa bastante desafiadora para os pais. É nesse período que começa as rotulações impostas pela própria família como: “o bebê chorão, agitado, nervoso”. Mas, devemos entender que essas reações tratam-se de um aprendizado, da forma que o recém-nascido tem de se comunicar.

É importante que os pais tenham calma, e saibam que algumas atitudes podem auxiliá-los nessa etapa. Para que o bebê se sinta seguro é importante pensar em como era dentro do útero: apertadinho, em posição fetal, na temperatura ideal, embalado pela placenta, levemente agitado, e rodeado por um som semelhante ao chiado constante.

Reflexo Calmante

Ao tentar se aproximar da sensação confortante, oferecida no útero, o pediatra Karp desenvolveu a técnica do reflexo calmante que consiste em cinco passos, nomeada de técnica do 5s que consiste em:

  • Swading – embrulhar,

O primeiro passo é embrulhar o bebê com a ideia de fazer um “pacotinho”, para que o mesmo não se debata e fique apertadinho como se estivesse no útero e a partir daí começar a perceber os outros passos.

  • Side Position – colocar de lado/ ou de barriga pra baixo,

O segundo passo é lateralizar o bebê ou coloca-lo de barriga pra baixo, assim se sentirá seguro, e sem a sensação de queda livre.

  • Shushing – fazer shhh (conhecido como ruído branco) alto,

O barulho contínuo e alto, é semelhante ao que o feto escuta, esse som assemelha-se à um chiado (barulho de chuveiro, aspirador de pó e secador de cabelo assemelham-se à esse som). Por incrível que pareça o silêncio extremo nos primeiros meses de vida podem ser mais aterrorizantes para o bebê que os barulhos dos eletrodomésticos.

  • Swinging – balançar com movimento oscilante/ ritmado,

O quarto passo é balançar, movimentando-o de maneira ritmada e repetitiva. O bebê está acostumado com o balanço, pois desde o ventre materno ele “caminhava” e se movimentava junto com a mãe.

  • Sucking – sugar qualquer coisa

O quinto e ultimo passo é o sugar. A sucção do lactente vai muito além do aspecto nutricional. A sucção chamada sucção não nutritiva, favorece o reflexo tranquilizante e profundo e a sensação plena de bem estar. Daí, vemos mais uma importância do aleitamento materno.

Esse cinco passos são altamente eficazes para acalmar o bebê e não se faz necessário grandes habilidades para execução, porém é essencial que o realize de forma criteriosa, e entenda que o objetivo a ser alcançado é nada mais que um ambiente acolhedor e confortante semelhante ao útero materno. Sem manter um rigor, esse processo pode não ativar o reflexo calmante.

Colo, muito colo!

O bebezinho ainda está se ambientando ao novo mundo, bem diferente do que ele conhecia até então. Assim, nesse processo, ainda imaturo considerando os primeiros meses imediatamente após o nascimento, há necessidade ainda mais intensa de estimulação sensorial e contato corporal: aquele abraço e colo gostoso de mãe, de pai. A pele é o mais sensível dos órgãos e o mais eficiente em nos proteger, todo nosso corpo é recoberto e protegido por nossa pele. É extremamente importante para todo o funcionamento corporal, principalmente para o desenvolvimento psíquico/emocional.

 “É o toque das mãos, do colo, as carícias, os cuidados, a proteção dos braços que devem ser enfatizados aqui, pois parece que, mesmo na ausência de muitas outras coisas, estas são experiências essenciais de tranquilização que o bebê precisa sentir para que possa sobreviver dentro dos parâmetros de saúde. O ser humano pode sobreviver a privações sensoriais extremas de outra natureza, como a visual e a sonora, desde que seja mantida a experiência sensorial da pele”.

Tocar – O Significado Humano da Pele – Ashley Montagu

 Através da pele, a criança se desenvolve bem, através do toque há estímulo do sistema neurológico e imune do bebê. Então não economize no colo, carinho e cafuné… são mais que muito recomendado desde o nascimento. Afinal, quem não se sente bem sendo abraçado, mimado, acariciado né? Amor demais faz bem!

Para aumentar ainda mais esse vínculo, as massagens como shantala e outras terapias alternativas como as aromaterapias podem trazer benefícios pro bebê, para a mamãe e/ou papai e pra relação entre eles. Alguns óleos essenciais tem propriedades que podem potencializar esses momentos além de trazer benefícios para a pele e para as emoções do bebê. Os óleos promovem a nutrição da pele, ajudam a acalmar os ânimos do bebê, a auxiliar em tratamentos de dermatites, brotoejas, assaduras, coceiras, vermelhidões, além de ajudar aliviar cólicas!

Noeh, tecnologias para cuidar da vida!

Espero que tenham gostado! Se tiver dúvida é só perguntar que iremos te responder!

Um abraço apertado, com carinho da Noeh

 

Texto escrito pela enfermeira Luiza Francynara em parceria com a Noeh. Luiza é mãe da Lelê e é especialista em cuidado materno infantil. Atende no Rio de Janeiro.

Para encontrar a Luiza:

Instagram: @luizafrancynara _________ Telefone: (21) 96542.7326 _________ e-mail: luizafrancynara@gmail.com

 

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