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A Marcha Equina é sinal de autismo? Entenda a relação!

Você sabia que no dia 02 de abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo? Essa condição, cada vez mais estudada, está deixando de ser um mistério e passando a integrar o vocabulário e conhecimento das pessoas, o que é super importante para acabar com o preconceito. Saber reconhecer qualquer sinal de autismo nas crianças, como a marcha equina, é mandatório nesse processo !

Nesse artigo iremos entender um pouco mais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e alguns sinais importantes no desenvolvimento cognitivo e na locomoção da criança autista. Já que, perceber esses sinais é importante para garantir um diagnóstico precoce e um tratamento multiprofissional adequado. Além do mais, vale ressaltar, a importância de conhecer ferramentas e produtos, como os sapatinhos da Noeh, que podem ajudar em um melhor desenvolvimento da criança autista. Vamos lá ?!

Conheça o autismo

Primeiramente, é válido lembrar que o autismo é um transtorno no desenvolvimento neurológico  que tem origem biológica, ou seja, a criança já nasce predisposta ao autismo. Essa condição é caracterizada por déficits persistentes na comunicação social e interação social, e em alguns casos, há associação com padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.

Hoje em dia o termo mais apropriado é Transtorno do Espectro Autista (TEA). A atualização da terminologia busca englobar vários de graus de autismo que acontecem de formas heterogêneas e com padrão de comportamento variados. Essa modernização, por sua vez, é importante pois garante um maior entendimento e inclusão das pessoas com TEA. A desmistificação é primordial para conscientizar a sociedade sobre as características e necessidades dos autistas.

O TEA geralmente se manifesta com algumas características em comuns, apesar de não serem comuns a todos. 

Você sabe quais são esses sinais ?! Reveja alguns no tópico abaixo!

Sinais comuns em pessoas com autismo

A apresentação dos sinais na maioria dos casos é identificada por padrões de comportamento antes dos dois anos de idade. Durante esse período os cuidadores podem observar algumas situações que podem servir de alerta para a necessidade de uma avaliação completa por um especialista.

Alguns desses alertas são:

  • Dificuldade e déficit de habilidades sociais;
  • Atraso de linguagem;
  • Acessos de raivas frequentes ou intolerância a mudanças
  • Dificuldade de contato visual;
  • Problemas em perceber e entender os sentimentos das outras pessoas;
  • Interesses obsessivos;
  • Repetição de vocabulários;
  • Bater as mãos, balançar o corpo ou girar em círculos;
  • Reações incomuns ao sentidos;
  • Dificuldades motoras, como andar na ponta dos pés (marcha equina).

Vale lembrar que são várias as manifestações e que não há uma regra. Um dos fatores mais percebidos, como por exemplo o atraso na linguagem, pode não ser tão proeminente em todos os casos, sendo que a maioria das crianças conseguem alcançar as etapas iniciais de habilidades de fala/linguagem mas regridem ou estacionam nessa etapa. Isso serve de alerta para uma observação individualizada de cada indivíduo.

Aos primeiros sinais e suspeita uma avaliação deve ser feita por uma equipe multidisciplinar capacitada uma vez que há a possibilidade de associação do autismo com outras patologias como Transtorno de Déficit de Atenção, Transtornos de Ansiedade, Depressão e Dificuldade de Aprendizagem.

Outra dificuldade que pode estar associada ao TEA são as alterações motoras e no deslocamento. Essas alterações, por sua vez, podem ou não estar presentes e não são definidoras do diagnóstico de acordo com os critérios internacionais, contudo, ao serem observadas, devem ser prontamente avaliadas. 

A seguir apresentaremos  uma das principais alterações de deslocamento que pode estar presente e ser ou não um sinal de autismo em crianças, a marcha equina. Conheça !

A marcha equina e o autismo

Dentre as alterações de marcha e movimento mais comuns encontradas em crianças com autismo está o andar na ponta dos pés, também chamado de marcha equina. Pesquisadores norte-americanos publicaram em 2010 no Journal of Child Neurology uma revisão de estudos envolvendo 954 crianças com problemas de marcha. Nessa revisão, constatou-se que 20,1% das crianças autistas apresentavam alterações no caminhar.

A pesquisa mostrou que critérios anteriores menos inclusivos resultavam em uma maior prevalência do TEA, mas o aumento do conhecimento e de estudos sobre o transtorno tem levado à ampliação do espectro, reduzindo assim sua prevalência.

Apesar de não ser um sinal definidor de diagnóstico do autismo, ou seja, não quer dizer que todo autista vai ter uma alteração de marcha, é importante que os cuidadores fiquem atentos aos sinais de marcha equina.

Não há descrito uma causa específica para esse problema, contudo, acredita-se que ela está intimamente ligada a sensações exacerbadas ou mesmo deficiências no desenvolvimento físico dos pés. Independente da causa, é importante agir rapidamente e realizar intervenções precoces, pois o atraso no tratamento pode levar ao encurtamento do tendão de Aquiles e, consequentemente, causar sequelas.

Mas talvez você esteja se perguntando: o que devo fazer se eu identificar uma marcha equina no meu filho? Algumas terapias estão listadas abaixo:

  • Massagem nos pés (confira aqui como fazer!);
  • Estimulação sensorial;
  • Uso de talas ou botas;
  • Tratamentos fisioterápicos.

Outra possibilidade para ajudar no desenvolvimento da marcha em crianças com TEA é experimentar alternativas de calçados. Nesse sentido, a Noeh criou uma linha de sapatos especialmente desenvolvida para esse público, que pode ser uma excelente opção para complementar o tratamento. Já teve a chance de conhecer esses sapatos?

Sapatinhos da Noeh

Pensando, sobretudo, na naturalidade do movimento do andar infantil, a Noeh desenvolveu uma linha de calçados que mimetizam o andar na areia. Tal característica busca, através da estimulação natural, uma maior segurança no caminhar e favorece o posicionamento do pezinho da criança no chão.

Os sapatos desenvolvidos pela Noeh possuem algumas características importantes para esse estímulo, como base alargada, espaço para que os dedos se movimentem, flexibilidade, espessura e curvatura específica do solado.

Toda essa tecnologia pode auxiliar na desconstrução do hábito de caminhar nas pontas dos pés. Ademais, apesar de ser um possível grande aliado, é importante que haja o acompanhamento por profissionais habilitados e capacitados para te orientar nesse período. 

Se quiser conhecer mais sobre nossa linha de calçados há várias informações em nosso blog e estamos disponíveis via WhatsApp para mais informações.

 

Referências

Barrow WJ, Jaworski M, Accardo PJ. Persistent toe walking in autism. J Child Neurol. 2011 May;26(5):619-21

OMS. 02/4 – Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Saude.gov.br.

UpToDate.  Transtorno do espectro autista em crianças e adolescentes: avaliação e diagnóstico

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