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Sarampo: sintomas e tratamento ou prevenção?

sarampo
Sarampo: sintomas e tratamento ou prevenção?
O que você prefere saber sobre sarampo: sintomas e tratamento ou prevenção? Pensando que melhor prevenir que remediar, a prevenção é o melhor caminho. Já que as notícias atuais não são nada tranquilizantes, precisamos tomar bastante cuidado pois o sarampo é uma doença viral altamente contagiosa. O Brasil recebeu da OPAS (A Organização Pan-Americana da Saúde) o título de país livre do sarampo em 2016,  mas infelizmente a doença que já estava erradicada está de volta. 🙁

Surtos ativos estão ocorrendo em São Paulo, onde há mais de 900 casos confirmados nos últimos 90 dias, e em menor proporção no Rio e Bahia. Já em Minas já teve 190 casos notificados este ano, com 4 confirmados. É triste pensar que estamos novamente com um risco de contrair uma doença que há poucos anos não tínhamos. Sou Beatriz Adriane, médica pediatra, e vou te guiar nesse artigo.

Situação do sarampo no mundo

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o sarampo permanece como uma doença endêmica em diversos continentes, tendo sido relatados 128.170 casos suspeitos, com 81.635 casos confirmados de sarampo só nos primeiros cinco meses de 2018 no mundo. Na Europa por exemplo, diversos países enfrentam surtos da doença, acometendo principalmente adolescentes e adultos jovens, com mais de 21 mil casos notificados em 2017 e 35 mortes. É muita gente, não é mesmo?!
A queda nas taxas de cobertura vacinal na Europa é o principal fator implicado no aumento do número de casos naquele continente. Essa queda pode ser consequência do aumento do movimento antivacina que vem ganhando força no mundo. Aqui no blog da Noeh, temos um artigo em que falamos um pouco sobre os perigos da não vacinação para o indivíduo e principalmente para a sociedade como um todo.
Já a Venezuela enfrenta, desde julho de 2017, um surto de sarampo, sendo a maioria dos casos provenientes do estado de Bolívar. A atual situação sociopolítica econômica enfrentada pelo país ocasiona um intenso movimento migratório que contribuiu para a propagação do vírus para outras áreas geográficas, inclusive para o Brasil. A região das Américas, após ter sido declarada a primeira região livre do sarampo, em 2016, registrou este ano, nos primeiros meses, 1.864 casos de sarampo em 11 países, com destaque para a Venezuela com 1.427 casos. Por esses números perigosos, precisamos entender melhor sobre o sarampo: sintomas e tratamento e, principalmente, prevenção.

Sarampo: tratamento e prevenção

A doença apresenta os seguintes sintomas: Febre, tosse produtiva com coriza transparente ou esbranquiçada, conjuntivite, fotofobia (incômodo com a luz), Sinal de Koplik (manchas brancas na mucosa oral), diarreia, exantema (manchas vermelhas) que surge no rosto e se espalha pelo corpo, podendo descamar. O sarampo também pode apresentar complicações como infecção de ouvido, pneumonia e encefalite (acometimento cerebral). Cuide das crianças pois a letalidade é alta, sendo mais grave em bebês, desnutridos e/ou imunossuprimidos.

A transmissão ocorre por meio da tosse, espirros, respiração e fala de pessoas contaminadas. Por este motivo deve-se evitar locais fechados e com aglomeração de pessoas. A única maneira de prevenir a doença é através da vacinação!

vacina sarampo
vacina: agulha e substância

Quando vacinar contra sarampo?

  • Crianças – A situação é tão preocupante que uma Resolução do Ministério da Saúde liberada em meados de 2019 recomenda a realização da chamada “DOSE ZERO”: uma dose da vacina triviral, para crianças a partir de 6 meses até 1 ano de idade. No entanto, está dose não conta no esquema habitual (que é o cronograma normal de vacinação contra sarampo), que deve iniciar com 1 ano normalmente. O esquema habitual é realizado em duas doses: vacina triviral com 12 meses e tetraviral com 15 meses. Portanto, estão recomendando que os bebês recebam a vacinam antes de completar 1 ano para aumentar a proteção já que é uma doença que pode causar morte.
  • Adultos –  Menores de 30 anos devem ter 2 doses de triviral. Entre 30 e 60 anos, 1 dose de triviral. Maiores de 60 anos provavelmente já tiveram contato e não precisam vacinar. Mas, se você não sabe ou perdeu o cartão de vacinação é melhor se vacinar. Melhor prevenir que remediar né?

Quem não deve vacinar contra sarampo?

Bebês de 0 a 6 meses, gestantes, pessoas com problemas de imunidade, em uso prolongado de corticosteróides ou drogas imunossupressoras não devem se vacinar pois podem correr risco de vida. No entanto, como toda doença viral não há remédios para o tratamento, apenas sintomáticos para aliviar os incômodos, como antitérmicos, e hidratação.

Por isso, não deixe de conversar com seu pediatra sobre o cronograma de vacinação do seu bebê. Aprenda sobre sarampo: sintomas e tratamento e, principalmente, prevenção, e proteja seu bebê contra o sarampo e contra inúmeras doenças contagiosas.

 


Noeh, tecnologias para cuidar da vida!

Espero que tenham gostado! Se tiver dúvida é só perguntar aqui nos comentários que iremos responder!

Um abraço apertado, com carinho da Dra. Beatriz e da equipe Noeh

Artigo escrito em parceria com a Dra. Beatriz Adriane Gonçalves, Médica Pediatra_CRM-MG 45768.

Dra Beatriz é médica pediatra pelo Hospital das Clínicas da UFMG e intensivista pediátrica pelo Hospital Metropolitano Odilon Behrens, mestre em saúde da criança e do adolescente pela UFMG. Encontre a Dra Beatriz nos canais abaixo e a tenha pertinho mesmo de longe!

Instagram: @dra.beatrizadriane.ped             Telefones: (31) 2551-1510/ (31) 99413-0001

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Referências:
1) Guia Atualização sobre Sarampo da SBP
2) Site do Ministério de Saúde

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