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Setembro Dourado e oncologia pediátrica: qual a relação?

Você já ouviu falar sobre Setembro Dourado? A campanha em questão visa conscientizar a sociedade sobre um assunto muito relevante: o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Então, já dá para perceber a importância que tem na oncologia pediátrica, certo?

No Brasil, o câncer é a principal causa de morte por doença na faixa etária de 1 a 19 anos. Porém, não é uma realidade apenas do nosso país: essa estatística também é observada nos países desenvolvidos.

Pensando nisso, vamos abordar este tema tão relevante para a saúde infantojuvenil. Ao final do texto, você saberá quais os principais sintomas dos cânceres infantis e quais etapas a criança percorre até a cura da doença. Continue a leitura!

Entenda o que é câncer

Órgãos, ossos, músculos, sangue… São apenas algumas estruturas que formam o corpo humano. A unidade básica de vida é chamada de célula. Lembra das aulas de biologia? O conjunto de células formam os tecidos, órgãos e sistemas.

Uma característica importante das células é a capacidade de proliferação. Assim, a divisão celular permite, por exemplo, que um machucado possa cicatrizar. Ainda permite o crescimento de um ser vivo, seja durante a gestação seja ao longo da vida.

Essa divisão celular é muito bem controlada por estruturas moleculares, afinal, nada pode sair fora do planejado. O corpo humano é tão fantástico que apresenta mecanismos que detectam alguma alteração e descartam aquela célula com alguma intercorrência. 

Porém, nem sempre isso é possível. Em alguns casos, essa alteração passa despercebida e continua o processo de divisão de uma célula com mutações. É justamente esse crescimento anormal e excessivo que define o que é tumor.

Detalhe importante: nem todo tumor é um câncer! Tumor é apenas a proliferação desordenada de células. Ele pode ser benigno, caso permaneça localizado e facilmente removível. Já o tumor maligno é invasivo e destrutivo — ele sim pode ser chamado de câncer!

Oncologia pediátrica: principais cânceres 

Os diferentes tumores correspondem às diferentes células que apresentaram proliferação inadequada. Os principais tipos de câncer que acometem os adultos não são os que mais atingem a faixa etária mais jovem.

Na oncologia pediátrica, o câncer mais observado acomete células sanguíneas. Nessa perspectiva, a leucemia é o tipo mais frequente. Além disso, existem aqueles que atingem o sistema nervoso e também o sistema linfático, conhecidos como linfomas.

Uma grande preocupação referente ao câncer infantojuvenil é sua evolução. Nos adultos, geralmente é mais lenta. Já nas crianças, o período de latência, ou seja, o período em que o câncer é inofensivo, é mais curto, o que retrata uma proliferação mais rápida.

Em contrapartida, há uma melhor resposta à quimioterapia pelos mais jovens. O motivo disso é que os tumores infantis são mais relacionados com células embrionárias. Tais células retratam uma etapa de pouca diferenciação e, por isso, o tratamento é tão eficiente.

Saiba com quais sintomas se atentar

Como dito, a evolução é mais rápida no câncer infantojuvenil, o que resulta no aparecimento abrupto dos sintomas. Contudo, nem sempre os sintomas são específicos. Na verdade, os sinais relatados são frequentes para a maioria das doenças comuns da infância.

Dessa forma, uma simples palidez pode retratar algo de fácil tratamento ou um tumor maligno. Por esse motivo é tão importante realizar as consultas periódicas com um pediatra, além de buscar avaliação profissional em caso de manifestações repentinas.

Os sintomas vão variar de acordo com o sistema acometido. No caso da leucemia, por exemplo, que é o câncer mais comum na infância, os sintomas são:

  • maior número de infecções;
  • sangramentos;
  • queixa de dores ósseas.

Como dito, a leucemia é um câncer que acomete o sangue. Seu principal efeito é a diminuição de células sanguíneas, o que reduz, por exemplo, as células de defesa da criança.

Por outro lado, os tumores sólidos são aqueles que formam massas nas diferentes regiões do corpo. Elas podem estar na região abdominal, como no caso do neuroblastoma e tumor de Wilms, ou nos ossos, como no osteossarcoma. É importante dizer que essas massas podem ser palpáveis, dependendo do tamanho e da localização. Então, se os pais detectarem alguma saliência ou algum carocinho na barriga da criança, é necessária uma avaliação médica rápida.

Veja a importância do diagnóstico precoce 

Lembra quando falamos sobre o maior sucesso de tratamento dos tumores pediátricos? Para que isso seja possível, é essencial um diagnóstico precoce, ou seja, assim que os sintomas levantaram a suspeita, é preciso realizar os exames complementares.

Neste caso, os exames de imagem e a biópsia apresentam grande importância. Nos tumores com formação de massa, os tumores sólidos, a análise da imagem pode auxiliar muito no planejamento terapêutico, principalmente se houver a necessidade de cirurgia.

Já a biópsia coleta uma amostra para análise, seja da medula, seja da massa suspeita, de acordo com o caso. Depois disso, é feita a análise histopatológica, ou seja, avalia o tecido por meio de microscópio e técnicas bioquímicas/moleculares. Em outras palavras, através de análises laboratoriais, como quando colhemos sangue.

Vale ressaltar que o diagnóstico precoce possibilita uma série de vantagens, como:

  • tratamento menos agressivo;
  • menor possibilidade de cirurgia;
  • maior chance de cura;
  • menor risco de sequelas.

Por outro lado, o diagnóstico tardio exige uma terapia mais agressiva e com menor chance de cura. Além disso, pode haver a compressão de órgãos importantes localizados próximos ao tumor. O grande impacto disso é na qualidade de vida da criança e da família. Então mamãe e papai, fique de olho em qualquer sintoma diferente do comum na sua criança!

Descubra como é o tratamento e prevenção

Antes de aprofundarmos no tratamento em si, gostaríamos de destacar um dado importante: cerca de 80% das crianças e adolescentes podem ser curados. Para que aumente a chance de sucesso, é necessário um diagnóstico precoce e acompanhamento por centros especializados.

O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar, com oncologistas, pediatras, radiologistas, anatomopatologistas, cirurgiões, dentre outros especialistas. Existem 3 modalidades de abordagem: quimioterapia, radioterapia e cirurgia.

Por fim, não podemos nos esquecer de uma área muito importante nessa jornada: a psicossocial.

Assim, o contexto familiar da criança deve ser considerado, visto que a cura não é unicamente biológica, mas envolve também o bem-estar da criança como um todo.

Mas, afinal, como prevenir o surgimento de um câncer? Vamos fazer uma comparação! Nos adultos, os hábitos de vida têm grande impacto. O tabagismo aumenta o risco de câncer de pulmão e alimentos processados aumentam o risco de câncer de intestino.

Porém, os hábitos de vida pouco influenciam no desenvolvimento do câncer infantojuvenil. Dessa forma, a prevenção primária — focada em diminuir a exposição aos fatores de risco — é de fato um desafio.

Cabe à assistência em saúde realizar uma prevenção secundária, ou seja, focada no rastreamento e diagnóstico precoce. Como o rastreamento em crianças ainda não se mostrou efetivo, o ideal é a realização do diagnóstico precoce.

Concluímos, enfim, que o Setembro Dourado proporciona visibilidade para um tema tão importante: a oncologia pediátrica. A educação em saúde é um dos caminhos para atingir um maior número de diagnósticos precoces. Por isso as campanhas de conscientização são tão relevantes, seja para profissionais, seja para o restante da população. Em suma, a busca por ajuda e o rápido encaminhamento para centros de referência aumentam a possibilidade de cura!

E você, já tinha ouvido falar sobre Setembro Dourado e Oncologia pediátrica? Conte para nós nos comentários!

Noeh, tecnologias para cuidar da vida!

Espero que tenham gostado! Se tiver dúvida é só perguntar!

Um abraço apertado, com carinho da Noeh

 

Referências

Câncer infantojuvenil. Instituto Nacional do Câncer. 

Setembro é dourado. Sociedade Brasileira de Pediatria. 

Diagnóstico precoce do câncer na criança e no adolescente. Ministério da Saúde. 

 

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