Desde o início da gravidez, uma das perguntas mais feitas aos pais é: é menino ou menina? Existe uma grande ansiedade em torno da questão e, claro, o ultrassom veio para ajudar a responder essa pergunta. Afinal, qual o sexo do bebê?
Porém, vale reforçar que o papel do exame vai muito além disso. Embora a descoberta do sexo seja um momento especial para as famílias, outros aspectos são avaliados por meio da ultrassonografia.
É por isso que esse exame faz parte do pré-natal de rotina ao redor de todo o mundo. Com ele, é possível identificar intercorrências na gestação, avaliar o crescimento fetal e, ainda, se planejar melhor para o parto. Saiba mais!
Descubra se o ultrassom é seguro na gestação
Antes de mais nada, é preciso saber que o ultrassom é um exame que não utiliza radiação. Então, ao contrário das radiografias e tomografias, ele é totalmente seguro de ser realizado na gravidez. Na verdade, a emissão de ondas sonoras é o princípio básico para obter as imagens aqui.
Porém, essas ondas são de alta frequência. Assim, elas vão interagir com os tecidos que compõem o corpo humano e, de acordo com a estrutura deles, vão formar diferentes imagens. O melhor de tudo isso é: o exame não é invasivo e não oferece maiores riscos!
Se você já teve a oportunidade de ver uma ultrassonografia, pode ser que você ache estranho como os tons de cinza indicam tanta coisa. Por isso, procure sempre bons médicos para realização: são olhos bem treinados que vão encontrar o que precisa!
Agora, a partir de uma avaliação bem feita, é possível identificar problemas que possam colocar em risco a gravidez. Assim, todos os profissionais envolvidos no acompanhamento podem se preparar para contornar tais eventualidades.
Por fim, haverá uma importante redução da mortalidade materna e também perinatal. E, não se esqueça: o exame é feito com segurança para mãe e baby.
Saiba mais sobre os ultrassons gestacionais
Agora, vamos caminhar ao longo da gestação e identificar quais são os momentos mais importantes para fazer o exame. Vale ressaltar, desde já, que não há uma padronização sobre a periodicidade dos ultrassons.
Porém, existem momentos em que a avaliação de determinado aspecto pode ser melhor ou pior. Um exemplo disso é o sexo do bebê! O ultrassom não conseguiria indicar, por exemplo, em meados do primeiro trimestre.
Enfim, vamos entender melhor abaixo!
Primeiro trimestre: conhecendo a sementinha
Que alegria, o primeiro ultrassom! Tudo parece muita novidade, não é mesmo? E realmente é! Por isso, esse ultrassom é essencial para identificar alguns aspectos básicos, como:
- calcular a idade gestacional;
- identificar quantos babies vêm por aí;
- avaliar a vitalidade do feto e a posição do saco gestacional.
Geralmente, o primeiro ultrassom é realizado até a 13ª semana de gestação. Até este momento, é possível avaliar alguns aspectos anatômicos. Inclusive, alguns deles podem indicar possíveis intercorrências, como malformações ou alteração cromossômica.
É possível, por exemplo, saber como está o fluxo sanguíneo para a placenta. Se estiver insuficiente, há maior risco de pré-eclâmpsia e de restrição do crescimento. Por outro lado, a chamada translucência nucal é uma maneira de avaliar a presença de Síndrome de Down.
Atenção! A ultrassonografia serve apenas para rastreamento. Seja como for, para melhorar a acurácia dos achados, é possível associá-los com outros exames, inclusive bioquímicos. Tudo vai depender de cada caso!
Segundo trimestre: descobrindo o sexo do bebê
Agora sim, estamos chegando em um dos momentos mais aguardados da gravidez: a descoberta do sexo do bebê! De fato, alguns pais preferem não saber neste momento, mas sim aguardar até o parto. De qualquer forma, é sempre emocionante!
Então, no segundo trimestre é realizado o ultrassom morfológico. Com o avanço da tecnologia e da medicina, os equipamentos aprimoraram ao longo dos anos, contribuindo para melhor avaliação.
Embora a incidência de malformações seja baixa, a mortalidade chega a 30%, até mesmo em países desenvolvidos. Por isso, os avanços citados são essenciais para uma melhor assistência em saúde.
Além de avaliar, novamente, a estrutura anatômica do feto, o ultrassom em questão também faz a medida do colo do útero. Esse parâmetro é importante para sugerir um risco maior ou menor de parto prematuro.
Terceiro trimestre: a reta final
Estamos chegando à reta final da gestação. A cada dia, a ansiedade cresce ainda mais para a chegada do pequeno. Agora que você pode saber o sexo do babê, é preciso direcionar o exame para aspectos importantes do parto.
Primeiro, avaliar a própria vitalidade do feto — respiração, movimentos corporais, tônus — e o crescimento dele. Além disso, as condições da placenta também são importantes. De acordo com os achados, é possível alertar as famílias sobre os supostos riscos até o parto.
Aqui, é interessante que o ultrassom seja feito após 27 semanas. Vale ressaltar que nem sempre ele será necessário, tudo vai depender da indicação clínica ou obstétrica que a gestante apresentar.
Conheça também o ultrassom 4D
Por último, vamos falar sobre uma novidade: o ultrassom 4D. Lembra que comentamos sobre os avanços tecnológicos na assistência médica? Pois é, aqui vai um grande exemplo!
Por meio dele, é possível obter imagens tridimensionais do baby. Sem dúvidas, é um grande aliado na identificação de malformações, mas vai além disso! Ele capta a movimentação, em tempo real, do pequeno dentro do útero materno.
Então, permite que as famílias tenham a emoção de ver o rostinho do bebê, em alta resolução e com movimentos! Viu como é muito emocionante para os pais?
Independentemente do momento, descobrir o sexo do bebê é um momento especial para toda a família. O ultrassom é apenas uma das maneiras de chegar até esse objetivo, mas não se esqueça das outras aplicações do exame! Ele é indispensável para um pré-natal de qualidade e, caso seja realizado por bons profissionais, oferece informações valiosas para o obstetra.
Sendo assim, não pule nenhuma consulta e nem abandone o exame após descobrir o sexo do pequeno!
Por último, além das ultrassonografias, existe uma série de exames indispensáveis no pré-natal. Venha descobrir quais são eles!
Referências
Ultrassonografia no primeiro trimestre de gravidez. Febrasgo.
A ultrassonografia obstétrica faz mal? Febrasgo.
Ultrassonografia obstétrica no Brasil: um apelo à padronização. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
A ultrassonografia rotineira em pré-natal de baixo risco colabora com a diminuição das mortalidades maternas e neonatais?
Ultrassom morfológico gestacional 3D/4D: método para diagnósticos prévios em embriões e fetos. Sanar.
Eficácia da ultrassonografia 4D na gestação. Faculdade Inesul.