Você sabe por que é importante vacinar o bebê? Quais as consequências da falta de vacinação? Descubra a seguir o porquê é importante vacinar o bebê e as consequências da não vacinação em bebês. Se você costuma acompanhar jornais e ler notícias na internet com certeza deve estar por dentro do número crescente de casos de sarampo no Brasil. Devido a isso, a pauta sobre a importância da vacina, sobretudo em bebês, tem sido amplamente discutida principalmente pela volta de doenças antes controladas e também pelo crescente movimento antivacinas.
As vacinas oferecem risco à saúde?
O mecanismo central da vacina consiste em aplicar no organismo uma versão inofensiva de determinado agente contaminante, para que os anticorpos “aprendam a lidar com ele”. Dessa forma, numa eventual contaminação, o sistema de defesa já está pronto para entrar em modo de combate a fim de impedir que a doença seja ativada.
É como deixar uma criança aprender a nadar em uma piscina rasa, inofensiva, para que ao encarar uma piscina funda, realmente perigosa, ela saiba o que fazer. Nesse caso, a piscina rasa é a vacina.
Em outras palavras, as vacinas não oferecem risco à saúde e são fundamentais para o desenvolvimento saudável do bebê. Por isso, sabendo do porquê é importante vacinar o bebê, é papel dos pais e responsáveis providenciar para que todas as vacinas sejam aplicadas de acordo com o calendário de vacinação distribuído pelo Ministério da Saúde.
A vacina é suficiente para produzir anticorpos?
As vacinas são feitas de vírus ou bactérias enfraquecidos, mortos ou fragmentados com objetivo de estimular o organismo a produzir anticorpos para combater um corpo estranho sem contrair a doença. Sendo assim, funciona para que nosso corpo reconheça os vírus e bactérias como “invasores” e não deixem eles proliferarem. Como já produzimos anticorpos por ter tomado a vacina, quando um vírus ou bactéria conhecido pelo nosso sistema imunológico entra em contato com nosso corpo já estamos fortes e protegidos e esse corpo estranho não nos atinge. Exemplos comuns são as vacinas da gripe, poliomielite e várias outras.
A vacina então é como um treinador de exércitos. Imagine que estamos em uma guerra. Mas, fomos preparados para lutar e temos força e ferramenta para ganhar. Do outro lado, tem um grupo que não se preparou para lutar e não tem ferramentas, quem vai ganhar? Nesse exemplo, o time preparado tomou vacina, o time despreparado não, e os vírus pegarão as duas equipes. A equipe preparada tem chances muito maiores de sair ilesa não é mesmo?
As substâncias que existem na vacina podem fazer mal?
Há, mas e as substâncias que são acrescentadas as vacinas? Elas não fazem mal? Não não. Embora só o bichinho morto ou enfraquecido seja o suficiente para combater o vírus ou bactéria ativo, forte, na maioria dos casos, existem situações em que é necessário adicionar a ele substâncias capazes de otimizar a funcionalidade da vacina, aumentando a resposta imune do organismo. É o caso, por exemplo, do esqualeno ou do composto de alumínio.
Vale lembrar que a quantidade desse composto de alumínio é extremamente baixa e segura para o corpo humano. Para se ter ideia, a quantidade desse composto de alumínio presente em algumas vacinas é menor do que a encontrada no leite materno e nas fórmulas de bebê. Ou seja, não há nenhum risco à saúde nem de adultos e nem de bebês. Já o esqualeno é um óleo produzido pelo próprio corpo humano e que possui propriedades hidratantes para a pele, portanto, também não faz mal algum.
Existe alguma relação entre a vacinação e o autismo?
A resposta é simples: não. Existem diversas evidências científicas capazes de provar que não há qualquer ligação entre autismo e vacinação.
Todo o boato em volta dessa falsa afirmação surgiu em 1998, por meio de um suposto estudo publicado pelo médico Andrew Wakefield. Depois de todo o rebuliço causado pelas afirmações do ex-médico, especialistas investigaram a fundo os dados citados em sua pesquisa e constataram que boa parte deles eram falsos. Tanto é que, depois de desmentido, Andrew se retratou das afirmações feitas, mas ainda assim perdeu a sua licença profissional e não pode mais atuar como médico desde então.
Contudo, mesmo mais de 20 anos depois, há quem ainda acredite nessa história e continue espalhando esse tipo de informação. O que colabora para que o número de pessoas que não estão devidamente imunizadas, cresça cada vez mais, colocando em risco a saúde pública.
Quais são os perigos da ausência das vacinas?
Pergunte a um grupo de pessoas quantas delas já teve ou conhece alguém que teve pólio ou varíola, por exemplo. Certamente será difícil encontrar uma resposta positiva. Por esse motivo, o papel das vacinas é fundamental no controle de doenças como essas, que no passado, há pouco mais de 50 anos, costumavam ser responsáveis por lotar hospitais inteiros de pacientes contaminados. Outro exemplo é o sarampo, uma doença que em meados dos anos 80 chegou a alcançar o título de segunda causa mais frequente de doença infecciosa em crianças.
Essas e várias outras doenças tornaram-se quase uma lenda. Afinal, exceto pelo sarampo que voltou à tona recentemente, hoje em dia quase não se houve falar da maioria delas, o motivo é a devida imunização da população.
No entanto, embora os benefícios das vacinas sejam muito claros para a maioria das pessoas, grupos antivacina, ou seja, pessoas contrárias à imunização, nunca estiveram tão ativos. Recentemente incluídos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na lista de dez maiores ameaças à saúde, grupos de pessoas que são contra vacina trabalham para convencer outras sobre a sua filosofia por meio do compartilhamento de notícias falsas e afirmações sem qualquer embasamento científico.
Ou seja, esse movimento “ameaça reverter o progresso feito no combate às doenças evitáveis por meio de vacinação” e muitos atribuem a ele a recente volta do surto de sarampo no Brasil, por exemplo. Na última semana publicamos em nosso blog uma matéria só sobre os perigos do sarampo e como se proteger da doença.
As vacinas sobrecarregam o sistema imunológico do bebê?
Essa é uma das grandes inverdades compartilhadas principalmente pelos adeptos do movimento antivacina. A resposta é simples e objetiva: não, as vacinas não sobrecarregam o sistema imunológico do bebê.
Diariamente as crianças e bebês são expostos a uma infinidade de germes e substâncias estranhas. Em todos os casos há uma resposta imune do organismo, pois, o corpo humano já é preparado para isso. Para se ter ideia, uma simples gripe ou resfriado exige mais do sistema imunológico do que qualquer vacina.
Qual é o calendário de vacinas atual?
Agora que você já sabe que é importante vacinar o bebê, a forma mais eficaz de manter o seu filho protegido é seguir à risca o calendário de imunizações disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Existem vacinas específicas para bebês até 15 meses, crianças a partir dos 4 anos, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
Para conferir o calendário atualizado acesse o Calendário Nacional de Vacinação, disponível no site do Ministério da Saúde.
Gostou de saber mais sobre a importância de vacinar o seu bebê? Se você quiser se aprofundar no assunto, consulte abaixo os sites de referência utilizados como base para a construção deste artigo.
Agora, conte aqui nos comentários se a sua vacinação e a do seu bebê estão em dia e compartilhe esta matéria com os seus amigos e familiares já que é bastante comum esquecer de consultar a carteirinha de vacinação regularmente. E, não se esqueça: realmente é importante vacinar o bebê!
Noeh, tecnologias para cuidar da vida!
Referências:
EXISTE PERIGO NA VACINA?, Nerdologia por Átila Iamarino – Biólogo, pesquisador e comunicador científico;
Futuro em risco: o perigo de não vacinar as crianças, Saúde Abril
Vacinas causam autismo – Fake News, Ministério da Saúde
Movimento antivacina é incluído na lista de dez maiores ameaças à saúde em 2019, O Globo
Vacinas: perguntas e respostas, UNICEF