O nascimento da criança é um dos momentos mais aguardados pelas famílias com baby a bordo. Porém, antes disso existe um caminho a ser vivido. Por isso, o acompanhamento deve ser feito de perto, sobretudo em caso de pré-natal de alto risco.
Isso porque a gestação é um processo que pode implicar em riscos tanto para a mãe como também para o feto. Existem, ainda, algumas características que podem aumentar o risco de um desfecho desfavorável.
Nestes casos, a gravidez apresenta um alto risco devido às particularidades daquela gestante. Mas calma! Isso significa apenas uma cautela redobrada e um acompanhamento especial. Continue a leitura e entenda melhor!
Saiba o que é pré-natal de alto risco
Como vimos, algumas especificidades podem tornar a gestação de alto risco. Consequentemente, o acompanhamento a ser realizado deve ser de acordo com a complexidade do caso.
Então, o pré-natal de alto risco é a assistência prestada às gestantes que apresentam alguma condição de saúde. Tal condição pode ser prévia ou desenvolvida ainda durante a gestação. Além disso, contextos socioambientais podem resultar em maior complexidade do pré-natal.
Em outras palavras, podemos classificar a gestação de alto risco como aquela que o binômio mãe-feto apresenta um risco maior que a média da população. Mais uma vez vemos que não é algo determinante para tragédia, mas sim uma situação que requer maior atenção.
Vale ressaltar que não existe uma classificação específica que gradua o risco da gravidez. Na verdade, é realizada uma avaliação geral da gestante e do ambiente inserido a fim de identificar fatores que sugerem maior malignidade.
Em suma, o pré-natal de alto risco é um acompanhamento mais vigilante diante de gestações com fatores complicadores.
Entenda como é feito o acompanhamento do pré-natal de alto risco
Se o acompanhamento é mais cauteloso, precisamos entender algumas etapas importantes. A primeira delas é a avaliação dinâmica. Assim, os profissionais conseguem identificar problemas, sejam eles biológicos, sejam eles sociais.
Uma vez identificados os fatores, a equipe pode se manter mais vigilante em relação às exacerbações do problema. Isso permite uma intervenção mais precisa, de modo que as condutas sejam tomadas precocemente.
É essencial que a cada consulta seja feita uma reavaliação completa, mesmo que não tenham sido identificados problemas anteriormente. O motivo disso é simples: a gestão pode se tornar de alto risco a qualquer momento.
O mais importante é a família e a equipe estarem preparadas para isso. Assim, a assistência diante de uma eventualidade é bem mais rápida, evitando morbimortalidade para mãe e baby.
E não se esqueça: acompanhamento pré-natal sempre, seja de alto risco ou não!
Descubra quais os fatores de risco
Frequentemente, estamos falando muito sobre os fatores, mas quais seriam eles? Primeiramente, podemos citar a idade. Mulheres acima de 35 anos e abaixo de 15 anos apresentam um risco maior na gestação.
Assim como a idade influencia, o IMC também: abaixo de 19 ou acima de 30 devem ter cuidado redobrado. Além disso, as condições socioambientais são determinantes, sobretudo se houver algum tipo de vulnerabilidade, como:
- relação familiar conflituosa;
- abuso de álcool e outras drogas;
- insegurança com o parceiro;
- atividade laboral extenuante.
São apenas alguns dos vários fatores ambientais. A história ginecológica e obstétrica daquela gestante também tem grande impacto.
Abortamento prévio, nascimento prematuro, diabetes gestacional, síndromes hemorrágicas ou hipertensivas… tudo isso aumenta o risco!
Por fim, podemos citar também algumas condições de saúde crônicas que tornam o pré-natal de alto risco. São elas:
- hipertensão arterial;
- diabetes;
- hipo ou hipertireoidismo;
- problemas cardíacos;
- doenças infecciosas.
Claro, existe uma série de outras condições. O importante é que o médico possa identificá-las a fim de planejar melhor o pré-natal. Isso nem sempre quer dizer tomar uma conduta imediata, mas sim ajustar a periodicidade das consultas.
Veja os perigos de uma gestação de alto risco
Os desfechos de uma gestação de alto risco são os mais diversos possíveis. Diante disso, separamos algumas situações que merecem atenção neste tipo de pré-natal.
Em primeiro lugar, é a pré-eclâmpsia, que representa uma hipertensão desenvolvida após a 20ª semana. Ela é acompanhada pela eliminação de proteínas na urina e, se não tratada, pode evoluir para a chamada Síndrome de HELLP.
Por sua vez, tal síndrome tem um quadro mais grave, principalmente por causa do sangramento importante que ocorre. Já em um quadro de eclâmpsia, a gestante pode apresentar convulsões e chegar ao coma.
Saindo das síndromes hipertensivas, vamos falar sobre a diabetes. No caso da diabetes gestacional, ela é desenvolvida apenas ao longo da gravidez.
Por isso, é importante realizar um rastreio antes da 20ª semana e repeti-lo entre a 24ª e 28ª.
Vale lembrar que algumas gestantes já apresentam um quadro de hipertensão e/ou diabetes antes mesmo de engravidar. Portanto, nestes casos, o pré-natal também é considerado de alto risco.
Por último, o risco da gestação aumenta de acordo com episódios de sangramento existentes. No primeiro trimestre há um grande risco de figurar com abortamento ou gravidez fora do útero. Já no segundo semestre, a atenção deve ser voltada para a placenta.
Conheça algumas dicas de segurança
Caso você tenha um pré-natal de alto risco, o primeiro passo é manter a calma. Reiteramos: isso não significa desfecho desfavorável, mas sim cuidado redobrado.
Portanto, procure um profissional capacitado para realizar o acompanhamento mais criterioso. Sempre comente qualquer eventualidade prévia e informe sobre a atual gestação. Mas não se preocupe, um bom profissional vai observar cada detalhe.
Siga as condutas sugeridas, além da escolha do médico. Em alguns casos, o repouso é fundamental para prosseguir a gestação. Em outros, o uso de medicamentos é essencial.
Ah, caso você esteja no processo de tentar engravidar, não deixe de procurar um especialista! É ele que vai orientar possíveis mudanças de hábitos para tornar a gestação mais segura para você e o baby.
Concluímos, enfim, que o pré-natal de alto risco é simplesmente um melhor preparo e da gestante diante de gravidez complicada. Não se esqueça que os problemas podem ser de origem clínica ou de aspectos socioambientais.
Embora o preparo da equipe seja importante, é indispensável que a gestante abrace suas condições e esteja disposta a seguir as condutas orientadas.
Agora, que tal conhecer os principais exames realizados durante o pré-natal?
Referências
Gestação de alto risco. Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde.
O que é o pré-natal de alto risco? Febrasgo.