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Sangramento na gravidez? Veja o que pode ser!

Existe uma grande ansiedade desde o momento da descoberta da gravidez até o nascimento do baby. Todos esperam que seja uma gestação tranquila, sem nenhum problema ou intercorrência. Mas o que fazer nos casos de sangramento na gravidez?

Bem, saiba que isso não é algo incomum. Nos 3 primeiros meses, 1 a cada 4 gestantes apresentam a queixa em questão. O mais importante de tudo é saber reconhecer a necessidade de buscar ajuda.

Infelizmente, a hemorragia obstétrica lidera o ranking de causas de morte materna no mundo. Porém, nem todos os casos apresentam um desfecho negativo! Continue a leitura e conheça as possíveis causas!

Entenda os riscos do sangramento na gravidez

Embora o sangramento na gravidez possa representar algo grave, nem sempre ele é sinônimo de tragédia. Muitos casos são autolimitados, ou seja, a hemorragia cessa sem causar malefícios à gestante.

Exemplo disso, é a implantação do óvulo na parede do útero. Neste caso, pode haver um pequeno sangramento, a ponto de a mulher acreditar que seja a menstruação. Porém, logo passa e a gestação segue normalmente.

Contudo, nos casos que não são autolimitados, é preciso ter atenção redobrada para outros sintomas. Se a gestante se queixa de dores intensas ou mesmo contrações, é importante buscar ajuda médica imediatamente.

Nestes casos, existem alguns riscos associados, seja para a saúde da mãe, seja para a do baby. Claro, o primeiro temor é que ocorra um aborto, porém, existem diversas outras possibilidades diagnósticas.

Saiba o que ele pode significar

Por mais que o sangramento na gravidez possa ser algo assustador, o primeiro passo é manter a calma. Já o segundo, é procurar ajuda médica para identificar o motivo e definir as condutas! Veja abaixo alguns casos!

 

  1. Implantação do óvulo

Para quem acha que a função do útero é apenas sangrar todo mês, vamos aos fatos! O principal objetivo do órgão é abrigar uma gestação. Ao longo do mês, a parede uterina vai se espessando cada vez mais para receber um óvulo fecundado.

Se a fecundação não acontece, é esta mesma parede que vai descamar e provocar a menstruação. Por outro lado, nos casos de gravidez, é justamente nela onde o óvulo vai se implantar.

Basicamente, é como se “grudasse” na parede uterina para seguir a gestação. Neste momento, é possível que seja eliminado um discreto sangramento pela vagina. 

  1. Ameaça de aborto

Uma vez com o óvulo fecundado já implantado, as causas de sangramento na gravidez ficam um pouco mais sérias. O aborto, por exemplo, é interrupção da gestção antes da 20ª semana.

No primeiro trimestre, é preciso ter atenção redobrada. Isso porque cerca da metade dos casos de aborto ocorrem antes de 8 semanas. Em algumas situações, é uma tentativa do organismo de interromper algo que apresenta algum tipo de risco na progressão.

O aborto pode variar de apenas uma ameaça até aquele retido, ou seja, cujo feto não está mais vivo e requer a retirada de tecidos.

Geralmente, os sinais vão além do sangramento, Na verdade, também se manifesta com dor, fraqueza, tonturas e outros sintomas menos específicos.

  1. Gestação ectópica

Lembra que o útero é o ambiente ideal para abrigar uma gestação? Pois é! Mas nem sempre é onde ela acontece… a gravidez ectópica veio provar isso.

Nela, a implantação do óvulo fecundado e o desenvolvimento do baby vai acontecer em outro local, bem fora da cavidade uterina. Mas, afinal, para onde ele vai?

Geralmente, a região mais atingida são as tubas uterinas — são elas que ligam os ovários ao útero. Portanto, representam uma parte do caminho percorrido pelo óvulo. Como não é o ambiente propício para a gestação, elas tendem a se romper com o tempo.

Nestes casos, a gestante vai se queixar de dor abdominal intensa, logo após a ruptura da tuba. Dependendo do momento que é feito o diagnóstico, é possível realizar tratamento clínico. Porém, o quadro tende a ser repentino, a ponto de necessitar de intervenção cirúrgica.

  1. Doença trofoblástica gestacional

A doença trofoblástica gestacional não é tão conhecida como as anteriores. Primeiro, é preciso entender que o trofoblasto é quem conecta o zigoto na parede uterina. No caso da doença trofoblástica, ele vai se proliferar de maneira anormal.

Isso provoca uma série de manifestações clínicas, sendo o sangramento apenas uma delas. Vale ressaltar que, caso não haja nenhuma intervenção, há um risco muito grande destas células invadirem o local e até mesmo causar metástases.

Portanto, é importante dizer que não há desenvolvimento do feto. Na verdade, é provável que a massa de células se torne algo maligno. Aqui, os exames de imagem, laboratoriais e, principalmente, o anatomopatológico, vão definir o diagnóstico e o melhor tratamento.

  1. Descolamento de placenta

Agora, vamos falar sobre uma causa de sangramento na gravidez um pouco mais tardia. O descolamento de placenta ocorre após a 20ª semana de gestação e representa a separação da placenta implantada do útero, antes mesmo do nascimento do baby.

Existem diversos fatores de risco para a condição, como hipertensão arterial, tabagismo e trauma. O sangramento em si vai acontecer em quantidade variável e, se for volumoso, a gestante pode se mostrar pálida e com fraqueza.

Além da hemorragia, há uma dor forte e constante, de início súbito. Pela clínica, não é tão fácil fechar o diagnóstico. Por isso, é importante internar a paciente de imediato e providenciar outros exames, como a ultrassonografia.

Vale ressaltar que isso não é sinônimo de interrupção da gravidez. Na verdade, é preciso monitorizar bem tanto a mãe como o baby. Assim, as medidas de suporte são implementadas e, de acordo com a semana de gestação, é possível fazer o parto.

  1. Placenta prévia

Por fim, vamos falar sobre outro quadro característicos dos últimos meses de gestação: a placenta prévia. Neste caso, ela está posicionada na parte inferior do útero, bem na frente do feto. Isso gera um sangramento que vai e volta, com volume sanguíneo variável.

Existe uma série de fatores de risco para a condição, sendo que a incidência aumenta quanto maior for o número de cesáreas. A curiosidade é que não costuma ser acompanhado de dor, apenas se houver contrações associadas.

Ah, como a placenta migra ao longo da gestação, ela só pode ser considerada prévia após 28 semanas. Antes disso, é apenas descrita como uma placenta de inserção baixa.

É muito raro que uma gestante chegue até 37 semanas sem apresentar sintomas. Porém, a partir do momento que eles surgirem, é fundamental buscar uma avaliação médica. Assim, é possível oferecer suporte e definir a melhor conduta para aquele momento.

Em resumo, podemos considerar que o sangramento na gravidez é, na maioria das vezes, um alerta para condições que prejudicam a gestação. Por isso, é importante que as mães não ignorem o aviso e busquem ajuda imediatamente. E nem sempre o desfecho será algo trágico! Na verdade, em muitos casos é possível oferecer um melhor suporte para manter a gravidez o mais saudável possível e, em breve, receber o bem o baby!

Agora, que tal conhecer quais exames são essenciais para um pré-natal tranquilo?

Referências

Sangramento no primeiro trimestre. Colégio Brasileiro de Radiologia

Protocolos de Obstetrícia. Governo do Estado do Ceará – Secretaria de Saúde

Hemorragia obstétrica. USP (e-disciplinas)

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