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Corpo da mulher: confira 6 mudanças na gestação!

O baby está a caminho? Bem, é preciso preparar o ambiente para a chegada dele! Mas hoje não vamos falar sobre o quartinho ou as adaptações na casa. Na verdade, vamos conversar sobre as mudanças que ocorrem no corpo da mulher.

Para iniciar o papo, é preciso ter em mente a necessidade de adaptações. Tais mudanças fisiológicas e anatômicas têm como principal objetivo permitir o crescimento do baby. Afinal, em algumas semanas ele deixa de ser um embrião e se desenvolve.

Portanto, desde o momento da fecundação o organismo começa a se adequar para manter o ambiente favorável. Existe toda uma mobilização para oferecer suprimento sanguíneo, nutricional e até mesmo espaço para o baby esticar… confira!

  1. Bombeamento cardíaco

O principal objetivo do coração é bombear o sangue para as demais regiões do organismo. O sangue, por sua vez, vai levar suprimento para funcionamento de células e tecidos. Então, durante a  gestação os nutrientes e o oxigênio devem ser levados para mãe e baby.

Você concorda que a dinâmica cardíaca deve modificar um pouquinho? Primeiro, o coração deve bater mais rápido, de modo que a frequência atinge um pico entre as semanas 28 e 36. 

Além de bater mais rápido, o coração vai ejetar um volume maior de sangue — vamos conversar sobre isso depois. Então, como vai sair mais sangue e de maneira mais rápida, o coração vai se tornar mais forte.

Por isso, há um aumento do volume das câmaras cardíacas e uma hipertrofia do órgão. Não se preocupe, isso é o esperado para o corpo da mulher durante a gravidez!

  1. Aumento do volume sanguíneo

Lembra que o coração vai ejetar mais sangue? Pois é, chegou a hora de entender o aumento de volume sanguíneo!

Tal elevação vai ocorrer a partir da 8ª semana, de modo que o volume pode atingir até 40% dos valores iniciais. O motivo disso nós já conversamos: é preciso suprir tanto as necessidades da gestante como também as do feto.

Ah, uma curiosidade: sabe por que a mãe precisa fazer suplementação de ferro durante a gravidez? Bem, o sangue é composto por plasma, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

Como o volume aumenta, quer dizer que o plasma eleva. Porém, o aumento das demais células não é proporcional a isso. Dessa forma, ocorre a anemia fisiológica, ou seja, o número de hemácias fica pequeno em meio a tanto plasma.

Consequentemente, a administração de ferro ajuda na produção de mais glóbulos vermelhos.

  1. Refluxo gástrico

Quem nunca sentiu azia que atire a primeira pedra! Porém, nas gestantes esse sintoma pode ser ainda mais comum. Isso acontece por mudanças  anatômicas e hormonais no corpo da mulher.

No primeiro caso, temos que pensar que o alimento chega ao estômago após passar pelo esôfago. Para que a comida não retorne, existe o chamado esfíncter esofágico, que deve estar em bom funcionamento.

Considerando o aumento do útero ao longo da gestação, é preciso saber que ele pode deslocar o estômago. Isso prejudica a função do esfíncter e acaba por favorecer o refluxo.

Por outro lado, as mudanças hormonais incluem o aumento da progesterona. Dessa forma, diminui a secreção gástrica o alimento passa mais tempo no estômago. 

Então, não se esqueça dos fatores:

  • trânsito digestivo lento;
  • aumento da pressão abdominal;
  • e deslocamento do estômago.

Tudo isso vai favorecer o refluxo e a regurgitação.

  1. Urina mais frequente

Existe uma história bem difundida que as grávidas vão mais vezes ao banheiro… e está certo! Novamente, existe uma explicação anatômica e também fisiológica.

Lembra que o volume sanguíneo aumenta? Esse sangue todo precisa ser filtrado pelos rins! Então, aumenta o fluxo renal e, consequentemente, a diurese. Em outras palavras, o aumento do volume de urina acompanha a elevação do volume sanguíneo.

Mas será que é só isso? Na verdade, quanto mais o útero cresce, mais ele dificulta o enchimento da bexiga. Portanto, no final da gestação, a bexiga fica mais comprimida. Logo, é preciso esvaziá-la com mais frequência.

Portanto, vale a pena mencionar que o tamanho do útero também aumenta o risco de compressão de estruturas. Assim, predispõe à estase da urina, ou seja, ela fica mais tempo parada em um local.

O resultado final disso: maior risco de infecções. Claro, um bom acompanhamento pré-natal vai oferecer todos os cuidados necessários para a condição!

  1. Respiração mais rápida

A respiração é essencial para que possamos obter oxigênio para o organismo. Como aumenta a demanda por ele na gestação, é preciso aumentar a oferta.

Em condições normais, nós inspiramos oxigênio e liberamos gás carbônico. Então, quando os níveis de CO2 diminuem, nosso cérebro manda um sinal para respirarmos. 

De modo geral, durante a gestação acontece a mesma coisa! Porém, o aumento de progesterona vai diminuir os níveis de CO2 e isso vai aumentar a frequência respiratória.

Anatomicamente, o tamanho do útero vai prejudicar a expansão total do pulmão. Então, é comum que a gestante tente fazer mais respirações profundas.

Em suma, tudo isso colabora para 2 padrões de respiração: ora mais rápidas, ora mais profundas. 

  1. Manchinhas pelo corpo

Para finalizar, não podemos ignorá-las: as manchinhas! Já vimos que as alterações hormonais têm grandes repercussões. A placenta, por exemplo, também vai produzir o MSH, ou hormônio estimulante de alfa-melanóticitos.

Ainda assim, calma, não precisa decorar o nome! Basta saber que ele vai influenciar na produção de melanina. Ela, por sua vez, é um pigmento que dá uma coloração mais escura para a pele.

Então, a gestante pode perceber um escurecimento das axilas, da virilha e em volta dos mamilos. Outra manifestação clássica é o melasma, ou máscara gravídica. Neste caso, estamos falando de um escurecimento facial, que costuma retroceder após a gestação.

Pode aparecer, ainda, a chamada linha alba. Ela se localiza bem no meio do abdome e é vista como uma linha escurecida.

Enfim, quando o assunto é gravidez, um dos tópicos mais importante é o corpo da mulher! Entender as mudanças e os processos aumenta a capacidade de compreender o que é normal e o que é patológico. Afinal, cada adaptação é feita em prol do binômio mãe-baby! Portanto, o autoconhecimento e o autocuidado também fazem parte da gestação. E não se esqueça: acompanhamento pré-natal sempre!

Você está grávida ou já passou por essa experiência? Conte para nós nos comentários quais mudanças você percebeu!

Referências

Alterações fisiológicas maternas da gravidez. Revista Brasileira de Anestesiologia.

Fisiologia da gestação. Manual MSD.

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