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Sintomas de pré-eclâmpsia: veja quando se preocupar!

O pré-natal é um momento determinante para a saúde da mãe e do baby. Assim, a detecção precoce de alguma intercorrência pode ser o suficiente para salvar vidas. Consequentemente, é importante que as gestantes conheçam os sintomas de pré-eclâmpsia.

Embora o acompanhamento médico seja indispensável, nem sempre a complicação vai aparecer no momento da consulta. Além disso, apesar de a pré-eclâmpsia surgir, geralmente, após 20 semanas de gestação, existe 25% de chance de ser alguns dias após o parto.

Por isso, é importante promover a educação em saúde para que toda a família fique atenta às manifestações da doença. Continue a leitura!

Entenda o que é pré-eclâmpsia

Em primeiro lugar, tenha em mente que essa condição é apenas um pontinho na evolução de algo mais grave. Como o próprio nome já diz, a pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclâmpsia, caso não seja devidamente tratada.

Sobretudo, a eclâmpsia é um quadro marcado por crises convulsivas na gestante, seja ao longo da gravidez, seja logo após o parto. Isso é muito grave e, em grande parte dos casos, pode apresentar um desfecho fatal.

Definitivamente, não queremos que chegue nesta etapa! Por isso, vemos como é importante saber os sintomas de pré-eclâmpsia. Ela, por sua vez, é caracterizada por edema generalizado, hipertensão e proteinúria.

Portanto, faz parte das síndromes hipertensivas tão temidas na gestação. O manejo da condição vai depender muito da gravidade do quadro e, também, da etapa em que a gravidez se encontra.

Saiba quais são as possíveis causas

Frequentemente, as causas exatas da pré-eclâmpsia ainda são desconhecidas. Além disso, as alterações provocadas no organismo também não são totalmente esclarecidas.

Sabe-se que o problema começa com o desenvolvimento insuficiente de pequenas artérias que ligam o útero à placenta. Isso faz com que o fluxo de sangue diminua nessa região, prejudicando a parede dos vasinhos.

A repercussão disso é sistêmica, ou seja, atinge todo o organismo. Os vasos vão se tornar mais reativos a ponto de sofrerem espasmos. Complementando, a permeabilidade deles também vai alterar.

Tais alterações vão ativar o sistema de coagulação. Em outras palavras, vão se formar pequenos trombos que podem causar lesões nos mais diversos órgãos. No caso dos rins, por exemplo, a lesão será suficiente para provocar a liberação de proteínas pela urina.

Apesar de a causa não ser bem determinada, existem fatores de risco, como:

  • hipertensão arterial prévia;
  • diabetes mellitus;
  • distúrbios vasculares;
  • obesidade;
  • idade da gestante (< 17 anos e > 35 anos).

Descubra quais os sintomas de pré-eclâmpsia

Vimos, acima, que existem 3 características para definir pré-eclâmpsia:

  • hipertensão;
  • proteinúria;
  • edema.

Assim, em muitos casos, a condição permanece assintomática. Isso porque a hipertensão só pode ser detectada com o uso de equipamentos para aferição. Além disso, a proteinúria vai ser identificada por meio de exames laboratoriais.

Mas, afinal, existem sintomas de pré-eclâmpsia? Sim! As gestantes devem ficar atentas com o surgimento de edemas. Eles podem estar presentes nas mãos ou na face e, diante do surgimento, é necessário avaliar os outros aspectos.

Além disso, existem sintomas gerais que podem sugerir que há algo de errado. Nestes casos, a gestante pode apresentar falta de ar, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, alterações visuais e manchinhas vermelhas na pele, que sugerem um quadro de coagulação.

Vale ressaltar que o edema pode até passar com o repouso. Porém, se isso não ocorrer, já é um sinal de maior gravidade. Então, diante dos sintomas de pré-eclâmpsia, procure ajuda médica imediatamente para melhor avaliação.

Veja como é o diagnóstico e tratamento

Para o diagnóstico, devemos considerar, novamente, os 3 aspectos que caracterizam a pré-eclâmpsia. Começando pela hipertensão, ela não pode ser crônica, ou seja, ela deve ter início recente.

Além disso, a proteinúria deve ser inexplicada, ou seja, sem outras condições basais conhecidas. O edema completa a tríade de sintomas e ele sim pode ser avaliado clinicamente.

Além da eclâmpsia, existe a síndrome HELLP, que também é uma evolução mais grave da pré-eclâmpsia. Para diagnóstico dela, é necessário a realização de exames laboratoriais a fim de avaliar células sanguíneas e enzimas do fígado.

Feito o diagnóstico de pré-eclâmpsia, a gestante deve ser hospitalizada para receber assistência médica. Por vezes, será necessário o uso de antihipertensivos. Já a prescrição de sulfato de magnésio é indispensável para prevenir convulsões. 

Vale ressaltar que o único tratamento definitivo é o parto. Ele deve ser imediato se a gestação tiver ultrapassado as 37 semanas ou mesmo 34, caso seja um quadro mais grave. De toda forma, cada situação deve ser individualizada para considerar os riscos e os benefícios.

Cuidado com as complicações

Diante de um quadro tão temido, não é difícil encontrar as possíveis complicações. Sem dúvidas, a primeira delas é a evolução para a eclâmpsia. A partir do momento que as convulsões começam, a gravidade sobe exponencialmente.

Porém, não é só a evolução do quadro o grande risco por aqui. O crescimento fetal também pode ser comprometido, o que aumenta o risco de letalidade até para o baby. Outro risco importante de se ressaltar é o de descolamento prematuro da placenta.

Por último, não se esqueça que o organismo da gestante tende a apresentar acometimento vascular difuso. O vasoespasmo por todo o organismo compromete a chegada de sangue em órgãos importantes, como cérebro, rins e fígado.

Conheça as medidas de prevenção

Não podíamos finalizar o conteúdo sem contar para as famílias como é possível prevenir a pré-eclâmpsia. Existem 2 condutas, devidamente comprovadas, que contribuem para deixar a doença bem longe:

  • uso de cálcio;
  • uso de aspirina em baixa dosagem.

Calma, não é o momento de correr até a farmácia e adquirir os medicamentos. Isso deve ser discutido com seu obstetra, a fim de avaliar a real necessidade de prevenção e, ainda, dosagem e horários de uso.

Se você já foi diagnosticada com pré-eclâmpsia, a história muda. Algumas pacientes precisam ficar hospitalizadas por mais tempo. Já outras, podem fazer acompanhamento ambulatorial. Nestes casos, é indispensável a reavaliação semanal e o repouso.

Agora que você já sabe os sintomas de pré-eclâmpsia, podemos ficar tranquilos que você vai saber reconhecer o problema! Claro, nem sempre será um quadro típico, mas não hesite em procurar ajuda médica diante de qualquer eventualidade. É justamente essa agilidade em buscar um profissional especializado que vai salvar a vida de muitas gestantes e impedir que a gravidez evolua mal.

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Referências

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Manual Ministério da Saúde.

Emergências hipertensivas na gravidez. Revista Brasileira de Hipertensão.

Pré-eclâmpsia. Febrasgo.

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