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Contrações de treinamento: o que você precisa saber?

Contrações de treinamento: o que você precisa saber?

Diante de tantos anseios que permeiam a gravidez, um dos principais é o parto. Com o avançar da gestação, isso fica ainda mais evidente, sobretudo quando iniciam as chamadas contrações de treinamento. Você já ouviu falar sobre elas?

Imagine só: todo aquele misto de sentimentos da gestação e, ainda, com a presença de contrações… é ou não é para gerar ansiedade? Porém, é preciso conversar bastante com a equipe de pré-natal a fim de entender melhor o que se passa naquele momento.

Sabemos que o desconhecimento pode levar ao medo e ao sofrimento, seja físico, seja emocional. Por isso, vamos desvendar, hoje, as contrações de treinamento!

contrações de treinamento

Descubra o que são as contrações de treinamento

As contrações de treinamento foram descritas pela primeira vez no final do século 19, pelo médico John Braxton Hicks. Por esse motivo, também são conhecidas popularmente como contrações de Braxton Hicks.

Foi ele o responsável por identificar a contratilidade uterina antes mesmo do parto. Isso quer dizer que a dor da contração é sentida ao longo de toda a gestação? Calma, não é bem assim!

Como o próprio nome já diz, é como se fosse um treinamento. Em outras palavras, é o organismo da gestante se preparando para o grande momento. De fato, acontece durante toda a gestação, mas pode ser percebido apenas ao final do segundo semestre.

A boa notícia é que são apenas movimentos uterinos, não acompanhados de dor. Além disso, mesmo tendo contrações, elas ainda são desordenadas e mais fraquinhas. Com o passar do tempo, a tendência é progredir.

A grande vantagem é que as contrações de treinamento vão ajudar a amadurecer o colo uterino. Por isso, quando tornam-se mais fortes e um pouco dolorosas, o colo inicia a dilatação. Logo, podemos inferir que evolui para o trabalho de parto.

Saiba como aliviar as contrações

Como vimos, as contrações de Braxton Hicks são indolores. Porém, não podemos assumir essa característica, afinal, a dor é um fenômeno muito subjetivo. Às vezes, o incômodo gerado pode repercutir de diferentes formas, até mesmo influenciando no parto.

Então, concluímos que é difícil mensurar, além de poder variar de pessoa para pessoa. Vale lembrar que o desconhecimento também é um fator agravante. Sendo assim, vamos elucidar mais sobre o quadro?

Agora, o ponto é: será que é possível aliviar as contrações de treinamento? Bem, existem algumas medidas sugeridas, como mudar de posição ou beber água. Mas calma, não vai exagerar! A bexiga muito cheia pode acentuar as contrações.

Um banho morno também pode melhorar o bem-estar diante das contrações. E, por fim, se alimente! Nada de manter estômago vazio, viu?

Por outro lado, se você pratica alguma técnica de relaxamento, não deixe de colocar em prática! Elas podem aliviar a tensão naquele momento e garantir um pouquinho mais de bem-estar.

Entenda mais sobre o trabalho de parto 

Mas, afinal, quando as contrações de treinamento evoluem para trabalho de parto? Essa é a pergunta de ouro que todos gostariam de uma resposta mágica e precisa. Porém, é difícil indicar exatamente o momento de transição.

Vamos recapitular: as contrações de Braxton Hicks são lentas, desordenadas e indolores. Claro, com o avançar das semanas vão se tornando mais efetivas e frequentes. O que era apenas um preparo do colo chega na fase de dilatação e do chamado “apagamento”.

Agora, inicia a primeira fase do trabalho de parto, que é justamente a dilatação do colo uterino. Aqui, as contrações são mais dolorosas e frequentes, tudo em prol de garantir o tamanho adequado para passagem do baby.

A dilatação ideal para evoluir para a segunda fase — o período expulsivo — é de 10 cm. Depois disso, o baby realiza alguns movimentos, que podem ser assistidos pela equipe que acompanha o trabalho de parto.

As contrações uterinas e da musculatura abdominal também vão contribuir para isso, até que finalmente… o baby nasce! Calma, estamos na metade do processo! Mas, claro, o mais difícil já passou!

Já a terceira fase do trabalho de parto corresponde à saída da placenta. Este momento é muito aguardado por várias famílias, que buscam diferentes maneiras de registrar e guardar uma marquinha especial.

Por fim, a última fase é marcada justamente pela recuperação da mulher. Viu só? Tudo começou com “simples” contrações de treinamento e evoluiu para um parto natural. Vale destacar a importância do parto humanizado e do respeito pelo progresso no tempo necessário.

trabalho de parto

Veja quando buscar ajuda médica

Se a transição para o trabalho de parto evolui lentamente, qual o melhor momento de procurar ajuda médica? Nesse sentido, existem alguns parâmetros que podem ajudar.

O primeiro deles são as contrações. Você já sabe que elas eram lentas e indolores e, com a evolução para o parto, tendem a ser mais dolorosas e frequentes. Quando você perceber 2 contrações num período de 5 a 10 minutos, redobre a atenção!

Já a duração delas tende a ser maior, ou seja, passar entre 20 e 60 segundos com uma contratilidade. O trabalho de parto inicia com dilatação a 2 cm e evolui até 10 cm e o prazo é bem variável entre isso.

O segundo parâmetro é a eliminação de líquido. Aqui, cabem algumas explicações. Primeiro, sobre o tampão mucoso. Quando ele sai, a mulher percebe uma secreção espessa e mucosa, por vezes sanguinolenta. Isso quer dizer que está em trabalho de parto? Não!

É apenas um detalhe, que pode ser próximo ou distante do parto de fato. Já o rompimento da bolsa faz com que o líquido escorra, diferente de um simples corrimento. Geralmente, tem um cheiro bem forte e molha bastante as vestimentas.

Lembre-se que existe a possibilidade de a bolsa romper apenas durante o parto. E está tudo bem! Então, diante de contrações efetivas ou rompimento de bolsa, busque ajuda médica!

Conclusão sobre as contrações de treinamento

Concluímos, enfim, que as contrações de treinamento podem acontecer com qualquer gestante, sendo mais percebidas a partir do final do segundo trimestre. Entender o que elas representam pode oferecer maior bem-estar e conhecimento sobre o próprio organismo. Não se esqueça das manifestações comuns do trabalho de parto! Elas serão um alerta para procurar atendimento. E, claro, qualquer sangramento em qualquer período da gestação deve ser avaliado!

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Referências

Falso trabalho de parto: compreendendo os motivos da procura precoce à maternidade através da fenomenologia social. Thais Erika Peron Giaca. Dissertação – UNESP. 

Contratilidade uterina. E-disciplinas. USP. 

O que são as contrações de Braxton Hicks? MD. Saúde.

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