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Meu filho é muito agitado, será que é déficit de atenção?

Meu filho é muito agitado, será que é déficit de atenção?

Com o passar dos anos, a saúde mental tem ganhado cada vez mais visibilidade e se tornado pauta importante para discussão. Uma das condições mais conhecidas pelos pais é o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Geralmente, os sintomas aparecem antes dos 7 anos e tornam-se mais evidentes após o ingresso na escola, sobretudo quando há dificuldades no aprendizado. Porém, os pais podem detectar os sintomas antes mesmo da chegada na idade escolar.

Por isso, se você percebe seu filho um pouco mais inquieto e agitado, é importante ligar o alerta para a condição! Mas, cuidado, pode ser só uma criança do movimento! Se você quer entender melhor sobre o déficit de atenção, continue a leitura!

 

Entenda o que é TDAH

Quando o assunto é TDAH, estamos lidando com uma condição neurobiológica. Sendo assim, caso alguém utilize termos como “problemas na criação” ou “conflitos familiares”, essa pessoa está bem equivocada.

Isso porque o déficit de atenção não é determinado por fatores culturais e muito menos pela forma como os pais criam os filhos. Na verdade, existem algumas alterações na região frontal do cérebro que predispõem o déficit.

Essa região é essencial para inibição de alguns tipos de comportamento. É por esse motivo que a criança com TDAH tende a ter maior dificuldade para manter a atenção, o autocontrole e a organização diante de tarefas.

 

Conheça algumas causas do déficit de atenção

Mas, afinal, o que vai provocar essas alterações? Bem, o primeiro fator está relacionado com a genética. Isso não quer dizer necessariamente que um gene em específico vai determinar a condição, mas sim que diferentes genes em conjunto podem aumentar a predisposição para ela.

Além disso, a gravidez também pode ser um momento marcante para aumentar o risco de TDAH. Neste caso, estamos falando de gestantes que fazem o consumo de álcool e nicotina, substâncias que podem provocar mudanças no cérebro do baby.

Existe, ainda, uma associação feita entre crianças que apresentam déficit de atenção e aquelas que sofreram intoxicação por chumbo. Em outras palavras, os casos de intoxicação podem manifestar sintomas semelhantes aos do transtorno.

Por fim, um fator de risco ainda muito controverso são os problemas familiares. Mas, como dissemos ali em cima, é uma condição neurobiológica. Então, o que se sabe até então é que estes tipos de conflito podem sim agravar um quadro de TDAH, porém não podem causá-lo.

 

Saiba quais são os sintomas déficit de atenção

Agora, vamos dar mais um passo no entendimento: conhecer os sintomas. Geralmente, eles aparecem antes dos 7 anos, tipicamente a partir dos 3 aninhos. De modo geral, vão incluir sinais de déficit de atenção, inquietação e hiperatividade.

Vamos comentar sobre cada um!

 

Déficit de atenção

Sabe aquela criança distraída, que parece não escutar quando é chamada? Bem, dentre os possíveis problemas, um deles pode ser o TDAH! 

Neste caso, estamos lidando com aqueles pequenos que não conseguem manter atenção em determinadas atividades por muito tempo. Além disso, costumam cometer pequenos erros nas tarefas, geralmente por descuido.

Outra característica marcante é a incapacidade de se organizar diante das atividades, mas isso costuma ficar evidente após a entrada na escola.

 

Impulsividade

Além da falta de atenção, uma criança com TDAH costuma ser um pouco mais impulsiva. Essa característica costuma ser mais observada após a criança começar a falar.

Abaixo, vemos 3 exemplos de situações que retratam a impulsividade:

  1. Não aguardar a vez de falar.
  2. Interromper a fala de outras pessoas.
  3. Responder perguntas antes que tenham sido concluídas.

 

Hiperatividade

Por último, a hiperatividade vai retratar uma criança mais agitada, que não consegue ficar quieta. Então, manter um pequeno com TDAH sentado por muito tempo pode ser muito desafiador!

Essas crianças gostam de correr em situações inapropriadas e apresentam dificuldades com brincadeiras mais silenciosas

Veja como é feito o diagnóstico do déficit de atenção

Como vimos, existem alguns comportamentos que podem refletir a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. Basicamente, são esses 3 parâmetros que vão determinar o déficit de atenção.

Porém, você concorda comigo que a avaliação tende a ser subjetiva? É por isso que o diagnóstico do TDAH é bastante complexo, baseado, sobretudo, na observação.

Para tentar minimizar as dificuldades, foram estabelecidos alguns critérios em relação sinais e sintomas:

  • devem estar presentes por 6 meses, pelo menos;
  • devem ser observados em 2 cenários distintos, como casa e escola.

É importante, ainda, descartar outras condições, como problemas auditivos e epilepsia, além de ansiedade, histórico de abuso ou traumas.

Vale refletir também se houve alguma mudança na rotina da criança que possa influenciar diretamente no comportamento dela.

Em suma, os pais são grandes aliados para relatar melhor sobre as atitudes dos pequenos, além de informar sobre um possível histórico familiar. Então, estejam sempre atentos com o comportamento das crianças!

 

Descubra como é o tratamento do déficit de atenção

Assim como outras condições de saúde, o TDAH não apresenta uma fórmula mágica para solução apenas por meio de medicamentos. Na verdade, é feita uma associação de medidas que compõem a terapêutica do déficit de atenção.

Primeiro, realmente é necessária uma consulta com um psiquiatra. É o médico quem vai analisar os critérios diagnósticos e avaliar se há necessidade ou não de uma terapia medicamentosa.

Porém, a abordagem vai muito além disso. Ela inclui um equipe multidisciplinar, que vai ajudar os pequenos de acordo com cada área. Como exemplo, podemos citar o acompanhamento psicológico, pedagógico e também dos responsáveis.

Embora possa ser necessária a intervenção farmacológica, o ponto-chave do tratamento é a terapia cognitivo comportamental. Associado a isso, é importante acompanhar como será a evolução escolar da criança e avaliar medidas para melhorar o desempenho.

Equipe multifuncional para cuidar do déficit de atenção

Por fim, vale ressaltar que é um trabalho conjunto entre família, profissionais da saúde e também dos colaboradores da escola.

O resultado das intervenções é avaliado a longo prazo e precisam estar em constante monitoramento, visto que não há cura, mas sim melhora a cada dia.

Com essa conversa, esperamos ter esclarecido sobre o déficit de atenção. A grande lição que fica é que o TDAH é uma condição de saúde que requer devida seriedade durante a abordagem. Sabemos que ainda pode ser mal compreendida e, às vezes, até mesmo estigmatizada.

Porém, com uma boa educação em saúde, os pais ficarão mais atentos aos possíveis sintomas e saberão qual caminho percorrer caso diagnóstico seja confirmado.

Então, que tal ajudar a difundir informação? Compartilhe nosso texto agora mesmo em suas redes sociais!

 

Referências

Quando suspeitar de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças? Biblioteca Virtual em Saúde.

O que é TDAH. Associação Brasileira do Déficit de Atenção.

TDAH: o transtorno que atinge crianças e adultos. Instituto de Psiquiatria Paulista

O que você precisa saber sobre as novas diretrizes de TDAH? PEBMED.

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