O choro de uma criança pode provocar diversas reações nos pais, bem como pode representar diversas situações dos babies. Então, uma dúvida frequente entre as famílias é: o que fazer quando o bebê chorar?
Essa dúvida é tão importante e pertinente que representa um motivo comum de consultas médicas. Por mais assustador que pareça, cerca de 5% dos lactentes vão apresentar episódios de choro inconsolável — é aqui que os pais desesperam!
E não é para menos, certo? Afinal, pode ser que não seja nada grave, mas também pode ser que retrate uma condição que merece maiores cuidados. A boa notícia é que costuma ser um quadro transitório dos primeiros meses de vida. Saiba mais!
Saiba se é normal o bebê chorar
Qualquer pessoa que tenha tido contato com um bebê sabe que, mais cedo ou mais tarde, o choro vem! E isso não seria surpresa, afinal, qual seria a outra forma de comunicação dos pequenos?
Agora, vamos expandir um pouquinho mais o pensamento… Imagine sair de um ambiente quentinho e protegido, no qual você permaneceu semanas. E mais! Imagine que o primeiro destino é um lugar totalmente diferente e até meio barulhento.
Pois é essa a realidade após o nascimento! Portanto, sabemos que o período de adaptação do baby pode ser muito desafiador, tanto para ele, como também para a família. Nessa perspectiva, a irritação, o choro e a agitação não seriam raros na rotina da família.
Contudo, o choro excessivo pode gerar um pouquinho a mais de preocupação. Neste caso, estamos falando da clássica regra dos 3: mais de 3h de choro diárias, durante mais de 3 dias. Mas, se acalme! Na enorme maioria dos casos, não há doença orgânica de base.
Veja o que pode significar o choro
Vimos, acima, que o choro pode significar uma adaptação da criança à vida extrauterina. Porém, alguns tópicos específicos podem ser listados como possíveis causas de choro. Veja abaixo!
Fome
Na menor iminência de fome em um adulto, não há muita dificuldade de identificar o problema. Porém, como o baby vai expressar que está faminto? Sim, pelo choro! Agora, pense comigo: qual deve ser a frequência de amamentação do pequeno?
Sim, é a clássica indicação: em livre demanda. Ou seja, sempre que o bebê quiser, oferece o aleitamento. Por isso, diante do choro, não deixe de checar se realmente não é fome. Muitas vezes é justamente o que significa!
Sono
Se até para os adultos o sono pode gerar irritabilidade, imagine para os babies! Como estão em uma fase de intensa adaptação, não faz parte do aprendizado basal apenas adormecer sem maiores estímulos.
Barulho, claridade, temperatura… assim como influenciam enquanto acordados, também influencia na hora de dormir. Além disso, como grande parte do tempo o baby mantém com seu soninho, a dificuldade para dormir pode aumentar a agitação do pequeno.
Cólica
Agora, vamos para uma das causas mais frequentes do choro inconsolável: a cólica. Vale ressaltar que é uma causa muito comum até os 4 meses de vida. Porém, o diagnóstico não é simples e só pode ser confirmado após descartar todas as outras causas comuns.
Felizmente, tende a ser autolimitado e, conforme o tubo digestivo se desenvolve, melhora o quadro e diminui o risco de o bebê chorar. Ah, e uma dica importante: amamente! As crianças não amamentadas apresentam quase o dobro do risco para desenvolver cólicas.
Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)
O refluxo é uma condição que pode acometer qualquer pessoa e em qualquer fase da vida. Basicamente, é caracterizada pelo retorno de conteúdo gástrico do estômago para o esôfago, em diferentes intensidades.
Vimos que nos babies o tubo digestivo ainda passa por amadurecimento. Isso faz com o que o esfíncter entre o esôfago e o estômago seja um pouquinho disfuncional, a ponto de não conseguir manter o caminho fechado e de permitir o refluxo.
Por mais que seja associado ao choro, alguns estudos comprovaram que o tratamento da condição não reduz a duração dele.
Conheça 5 maneiras de acalmar o bebê
Agora, chega de mistério! Vamos te mostrar os chamados 5s, que são técnicas muito simples de serem aplicadas quando o bebê chorar. Confira!
Side — ou colocar de lado
Durante a vida intrauterina, o baby não tinha muito espaço para se movimentar. Por isso, quanto mais o tempo passava, maior era a tendência de o baby ficar de ladinho.
Você pode recriar isso colocando ele deitado de lado, com as costas apoiadas na sua barriga e a cabeça no antebraço.
Suck — ou sucção
Um dos reflexos primitivos que o baby apresenta é a sucção. Dentro da barriga da mãe, era muito comum o pequeno sugar as mãozinhas ou os dedinhos. Portanto, também é normal que a criança leve a mão na boca no primeiro ano.
Vale ressaltar que, além de acalmar, vai estimular a manter a sucção. Por isso, a amamentação agradece!
Swaddle — ou “charutinho”
Vimos que o avançar da gestação e do crescimento do baby faz com o que o espaço intrauterino fique cada vez mais preenchido. Logo, o pequeno fica apertadinho até o nascimento.
Por isso, ao enrolar em uma espécie de manta, muitos bebês tendem a se acalmar. Contudo, nem todos gostam de ficar contidos. Vale a pena tentar e avaliar se funcionou ou não para seu filho!
Swinging — ou balançar
Outro ponto importante tem a ver com a movimentação: enquanto estava no abrigo materno, o baby acompanhava tudo que a mãe fazia. Em outras palavras, se movimentavam ao longo do dia junto com a mãe.
Senta, levanta, agacha com cuidado, caminha… os pequenos acompanham todos esses “sacolejos”. Portanto, balançá-lo após o nascimento pode ajudar na calmaria.
Sh, sh, shh
Dessa vez, apenas descrevendo para entender! De fato, os babies podem ouvir a voz dos pais ainda dentro do útero. O que muitos não sabem é que escutam, também, os ruídos corporais da mãe, como o sangue correndo nos vasos ou a movimentação intestinal.
Por isso, ao fazer o clássico “sh, sh, shhh”, os cuidadores podem simular os ruídos ouvidos durante a gestação.
Então, fica o aprendizado: se o bebê chorar, tente recriar o ambiente intrauterino! São ações muito simples, mas que podem fazer toda diferença e levar maior conforto para os pequenos. De modo geral, o choro é apenas uma maneira de expressar algum incômodo e, poucas vezes, vai apresentar uma doença de base. Porém, para manter a tranquilidade, não deixe de levar seu filho em consultas periódicas e sempre converse com o pediatra sobre suas dúvidas.
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Referências
Conhecimentos do pediatra sobre o manejo do lactente que chora excessivamente nos primeiros meses de vida. Revista Paulista de Pediatria.
Cólica do lactente. Sociedade Brasileira de Pediatria.
Conheça a técnica dos “5S” para acalmar o choro do bebê. Abril.