Você sofre com o problema de cólicas no bebê?! Esse conteúdo é para você !
Durante seu desenvolvimento os lactentes desenvolvem seus principais sistemas e estão em constantes mudanças. Essas alterações, por sua vez, podem causar desconfortos e muitas vezes não tem causas aparentes ou definidas, é o caso da cólica!
É importante, então, que os pais saibam diferenciar os sintomas das cólicas, sua duração e frequência. Tal período, por sua vez, não precisa ser de apreensão e sofrimento, é possível garantir um maior conforto para seu bebê.
Com as informações abaixo e com o acompanhamento correto nas consultas de puericultura há como ter um bom puerpério e ficar atento aos sinais de alerta! Veja abaixo os principais sinais, as alternativas terapêuticas e quando procurar ajuda!
Entenda o que é a cólica
Em primeiro lugar, é importante conhecer a definição de cólica. O termo cólica é usado para caracterizar bebês que choram excessivamente sem motivo aparente durante, principalmente, os três primeiros meses de vida. Apesar de não ser muito bem compreendida e ser muito angustiante para a criança e para os pais, a cólica é uma condição benigna que se resolve por conta própria por volta de três a quatro meses.
Choro excessivo! Conheça o principal sinal da cólica!
Todo bebê chora bastante durante o dia por diversas razões uma vez que esse é seu sistema de comunicação, contudo, é importante que os papais estejam atentos quando o choro ultrapassar três horas diárias sem motivo aparente em um bebê saudável. Além disso, o choro da cólica tem início e fim claros e de início repentino – não tendo nada a ver com o que a criança estava fazendo antes. O choro do seu bebê pode ser mais alto e não há nada, aparente, que o faça acalmar.
Algumas crianças podem ter até sintomas físicos como: rostinho avermelhado, barriga saliente e dura, contração das pernas para a barriga, dedos cerrados, braços rígidos e costas arqueadas. Entretanto, é importante destacar que esses sinais podem aparecer por outros motivos que devem ser descartados antes do diagnóstico de cólica.
Alguns motivos para choro excessivo que devem ser investigados são:
- dor;
- sono;
- frio;
- fome;
- cansaço;
- sensibilidade alimentar.
Dito isso, o que pode causar de fato a cólica? Conheça abaixo!
Saiba o que pode causar cólicas
A etiologia da cólica geralmente é desconhecida e, provavelmente, é causada por vários fatores que contribuem para o incômodo do seu bebê. Muitas pesquisas estão em andamento para tentar entender melhor o problema e ajudar os papais nessa dura missão.
Algumas teorias acreditam a cólica aos fatores gastrointestinais que vão desde a técnicas de alimentações defeituosas como subalimentação, intolerâncias alimentares, alergia à algum componente da dieta (mesmo em casos de nenéns em aleitamento materno exclusivo) a alterações na flora intestinal. Outras correntes de pensamento acreditam que há forte ligação com o ambiente familiar e com o temperamento da criança e dos pais.
Contudo, esses estudos estão em fases iniciais e muitos possuem dados conflitantes para uma conclusão robusta. Por enquanto, a causa definitiva da cólica continua um mistério e é mais provável que ela seja um conjunto de fatores. Desse modo, teremos que lidar com o problema de cólicas no bebê com as ferramentas que temos !
Mas você deve estar se perguntando, como o médico realiza o diagnóstico?
Conheça o diagnóstico de cólica
O médico ou enfermeiros são capacitados para detectar casos nos quais o choro excessivo é causado por cólicas ou não, contudo, quem convive com a criança diariamente tem um papel super importante nessa descoberta.
Primeiro, é importante descartar todas as causas que poderiam estar gerando esse incômodo excessivo na criança e outras doenças. Dessa forma, o diagnóstico é clínico, ou seja, não há teste confirmatório e o profissional da saúde analisará a história contada pelos familiares e as características do choro.
Então, aqui vão algumas perguntinhas que ajudarão no diagnóstico.
- Quando ocorre o choro?
- Quanto tempo dura o choro?
- O que você faz quando o bebê chora?
- Como é a alimentação do bebê?
- Como você se sente quando seu bebê chora?
- Como esse choro excessivo afeta sua família?
- Qual sua teoria de por que o bebê chora?
Com essas perguntas e com um bom exame físico é possível diagnosticar casos de cólica. Mas uma vez diagnosticado, vamos descobrir o que podemos fazer para amenizar esse problema ?
Aprenda o que fazer em caso de cólica
Apoio aos Pais a lidar com o problema da cólica
Os pais geralmente ficam frustrados por não conseguir fazer com que seu filho pare de chorar e, por muitas vezes, têm sentimentos como raiva, angústia ou culpa. Por isso, é importante durante a consulta e, em ambiente residencial, que os pais entendam que esses sentimentos são normais e transitórios. Devemos informar aos pais que eles não estão sozinhos e que é mais comum do que se imagina ter que lidar com o problema de cólicas no bebê.
Se necessário, faça uma pausa no cuidado à criança e a deixe com alguém que possa tomar conta de maneira mais calma. Caso esteja sozinho, deixe a criança de costas em um berço com grades e com almofadas de apoio por alguns minutos. A irritabilidade do cuidador pode interferir no humor da criança e no cuidado efetivo.
Alterações dietéticas
Lactentes amamentados com mamadeiras
Durante a amamentação recomenda-se posicionar o bebe mais verticalmente para evitar a ingestão de ar durante a alimentação. Além disso, há dispositivos feitos para evitar a entrada de ar durante a amamentação.
Outro ponto importante é que há relatos de melhora quando a fórmula usada é a base de elementos mais hipoalergênicos, contudo, toda troca de fórmula deve ser ajustada com seu médico!
Lactentes amamentados com leite materno
As mães podem verificar se sua técnica de amamentação está adequada. Após isso podem tentar uma dieta mais hipoalergênica, para tanto, o interessante é suspender um grupo de alimento por vez para ver se essa mudança reflete na intensidade e na cólica do seu filho.
Carregamento e cuidados que podem amenizar as cólicas
Algumas mães relatam que enrolar o bebê no colo pode diminuir a ansiedade e aliviar um pouco a cólica. Outra técnica é flexionar as coxas do bebê sobre a barriga, dar banho morno, reduzir o estímulo – procurar um local mais calmo.
Algumas pessoas utilizam o carregamento tipo tipóia ou carrinho frontal, você pode utilizar essa estratégia e testar em seu bebê.
Massagem
Recomenda-se massagem infantil para a redução da cólica, contudo, não há nenhum estudo que demonstre sua eficiência.
Remédios Fitoterápicos e Probióticos
Muitos pais desesperados para tirar o incômodo de seu pequeno pensam logo em algum tipo de medicamento, contudo, nessa fase da vida qualquer introdução alimentar ou medicamentosa deve ser cuidadosamente analisada e avaliada pelo médico. Procure seu pediatra antes de dar ao seu bebê qualquer tipo de chá ou substância distinta do leite materno.
Procure ajuda
Depois de saber um pouco mais sobre a cólica é importante procurar ajuda! A cólica é um fenômeno natural e não está relacionada à incapacidade dos cuidados em tomar conta do bebê. A informação é sua melhor aliada nesse processo e pode evitar que você tenha sentimentos desagradáveis ou faça coisas que possam piorar a rotina do seu pequeno! Converse com seu médico, você não precisa lidar com o problema de cólicas no bebê sozinho!
Para um estudo mais completo e mais informações, acesse as referências abaixo.
Referências
Educação do paciente: Cólica. UptoDate.
Cólica do lactente. Departamento Científico de Gastroenterologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Cólica infantil: características clínicas e diagnóstico. UptoDate.
Cólica. Manual MSD.