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#1ºanodevida

Veja o que pode provocar dificuldades na amamentação

Não é novidade para ninguém que o leite materno é o alimento mais importante para os babies, principalmente no primeiro semestre de vida. Porém, nem sempre o processo de aleitamento é simples. Por isso, algumas mães encontram dificuldades na amamentação.

De fato, o crescimento e desenvolvimento adequado tem como fator principal um aleitamento de qualidade. Tanto os pais quanto os pediatras devem almejar que ele seja exclusivo e em livre demanda até os 6 meses de vida.

Porém, apenas 23% dos babies alcançam o feito até os 4 meses e o percentual é ainda menor até os 6 meses — 9,3%. Por isso, separamos 5 fatores que podem dificultar o processo. Confira abaixo!

Pega inadequada

A pega inadequada leva a tona um assunto polêmico: a posição para amamentar. Um grande debate gira em torno dessa questão: será que existem posições corretas para isso ou pode ser aquela que deixa o baby mais confortável?

De fato, existem algumas posições que podem favorecer o aleitamento e, consequentemente, a pega adequada. O motivo disso é que vai facilitar o contato da boca do baby com o mamilo e a aréola da mãe.

Uma boa pega promove uma sucção eficaz e esvaziamento completo da mama. Veremos, a seguir, como esse esvaziamento é importante para prevenção de uma série de condições. Complementando, a pega adequada diminui, ainda, o risco de ferimentos na mama.

Mas, afinal, como é uma boa pega? Para isso, o baby deve manter o lábio inferior para fora, ou seja, evertido. Em outras palavras, é como se fizesse uma “boquinha de peixe”. O queixo deve tocar a mama da mãe e a sucção deve ser profunda e sem pausas.

Com esse passo a passo, posicionamento adequado, bastante paciência e tranquilidade, as dificuldades na amamentação tendem a diminuir.

Ingurgitamento mamário 

Normalmente, o baby vai soltar a mama quando estiver satisfeito. Por isso, o aleitamento é chamado de livre demanda. Porém, o que acontece quando as mamas se mantêm ingurgitadas? Pois bem, ficamos diante de uma condição que pode ser bem difícil para a mãe.

O acúmulo de leite no interior da mama sugere que há congestão das estruturas que drenam a secreção, provocando edema. De fato, pode ser uma situação fisiológica, ou seja, esperada na amamentação. Contudo, dependendo do grau, pode se tornar patológica. 

Quando chega neste ponto, além de a mama ficar maior, torna-se mais dolorosa e mantém áreas avermelhadas. Além disso, a gestante pode sentir maior calor no local e detectar um aspecto mais brilhante.

Já os mamilos vão ficar achatados e dificultar a pega — viu como as dificuldades na amamentação intercalam? Consequentemente, o leite fica pouco fluido, bem viscoso e não é incomum empedrar dentro da mama.

Uma das formas de combater o problema é ordenhar a aréola antes de cada mamada. Isso vai deixá-la mais vazia e facilitar a pega. A massagem na região também ajuda, pois diminui a viscosidade e estimula a ejeção.

Mas não se esqueça: se o problema persistir, procure orientação de um profissional capacitado!

Lesões nos mamilos

Sentir um desconforto ou mesmo uma dorzinha nos mamilos durante o período de amamentação não é tão incomum. Porém, quando isso se intensifica e surgem lesões na área, começa a ficar problemático e surgem as dificuldades na amamentação.

Fissuras, bolhas, regiões avermelhadas, edemaciadas… tudo isso pode dificultar bastante o processo. Para a mãe, torna-se muito difícil manter o aleitamento e, por vezes, a sensação desagradável se sobressai.

Existem algumas dicas para tentar aliviar, como:

  • manter a região seca;
  • não utilizar produtos que removam a proteção natural;
  • expor as mamas ao sol;
  • ordenhar a fim de facilitar a mamada;
  • passar o próprio leite materno na região.

Outra dica importante é iniciar a mamada pela mama menos afetada e, ao sentir desconforto, tentar mudar a posição do pequeno. Ah, não deixe de procurar seu médico! Em alguns casos, pode ser que tenha uma infecção associada.

Mastite

E quando houver infecção na mama? Bem, neste caso estamos diante de uma mastite. Inicialmente, o quadro se mostra como um processo inflamatório que pode surgir em apenas um segmento da mama ou englobar mais regiões.

Além disso, pode caminhar ou não para a infecção de fato. A principal porta de entrada são fissuras na região do mamilo e aréola. Então, os germes que habitualmente colonizam a pele são os mais encontrados nos casos de infecção.

O tratamento pode ser feito de diferentes maneiras, de acordo com o grau de acometimento. Em quadros mais simples, é necessário o uso de antibióticos, bastante consumo de líquidos e, claro, suporte emocional.

Já nos quadros graves, nos quais há formação de abscesso, pode ser necessária a drenagem. O principal foco da prevenção é evitar situações que dificultam a pega e que aumentam a propensão de formar fissuras.

Uso de chupeta e mamadeira 

Por fim, as dificuldades na amamentação vão bem além da mama em si. O uso de chupetas e mamadeiras pode prejudicar um fator crucial para o aleitamento adequado: a sucção eficaz.

Curiosamente, o reflexo da sucção está presente desde a vida intrauterina. Algumas vezes, é possível detectar pelo ultrassom um hábito comum dos babies: sugar as mãos, os pés ou até mesmo o cordão umbilical.

Após o nascimento, além de ajudar na sucção do leite, contribui para liberar endorfina, aliviar a ansiedade, modular a dor e garantir prazer para o baby. Existem vários prós e contras do uso de chupeta, mas o principal fator que fala contra o hábito é a influência na sucção.

O que mostra isso é um menor tempo de aleitamento materno naqueles bebês que fazem uso de mamadeiras ou chupetas. Por isso, tanto a OMS e a UNICEF não recomendam o uso desses utensílios.

Além de prejudicar a amamentação, exige menor esforço da musculatura. Isso acomete no desenvolvimento de estruturas, como mandíbula, seios da face, dentição, dentre outras. Por fim, aumenta o risco de a criança se tornar um respirador oral.

Concluímos, enfim, que as dificuldades na amamentação são problemas comuns e que podem impactar no bem-estar da mãe e do baby. O que seria um momento prazeroso, torna-se difícil e bastante delicado, que pode atingir até a criação do vínculo. Por isso, procure sempre a ajuda de um profissional capacitado, a fim de receber suporte técnico e emocional. E não se esqueça: é totalmente comum encarar problemas na amamentação!

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Referências

Aleitamento materno: técnica, dificuldades e desafios. Residência Pediátrica.

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