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Cartão da gestante: o que precisa ficar registrado?

Ao perceber os sinais da chegada do baby, os anseios já começam a tomar conta da rotina daquela família. Porém, é preciso dar um passo de cada vez! E tudo começa com o pré-natal e com o cartão da gestante.

É neste momento que os cuidados com o binômio mãe-baby vão se intensificar e que muitas dúvidas vão surgir. Por isso, é importante registrar cada etapa das semanas de gravidez, bem como contar com uma fonte de informações segura.

Sendo assim, vamos conversar hoje sobre a caderneta da gestante, um recurso essencial para uma boa gestação. Por mais que pareça simples, fará toda a diferença antes, durante e após o parto. Confira!

Entenda o que é o cartão da gestante

Comunicação em Saúde - Design - CADERNETA DA GESTANTE DO MINISTÉRIO DA  SAÚDE - OS CUIDADOS DO SUS TODOS OS DIAS COM GESTANTE! - Ministério da  Saúde - Brasília

Embora todos os olhares se voltem para a famosa caderneta da criança, a mãe também apresenta um documento para registrar as informações mais importantes da gravidez: o cartão da gestante. Por isso, se torna quase que um braço direito daquela mulher.

Assim como representa um grande aliado da grávida, também figura como algo essencial para os profissionais que a acompanham. Sendo assim, mesmo que seja atendida por médicos ou enfermeiros diferentes, a partir do momento que tem tudo registrado, melhora a assistência prestada.

E isso vai muito além do pré-natal! Por mais que a grande atuação seja ao longo das semanas de gravidez, com anotações a cada consulta, o cartão fará toda diferença no momento do parto. É ele quem vai orientar todas as condutas não só para o nascimento, mas também para baby.

Quer um exemplo? Imagine se for detectado infecção recente por sífilis naquela gestante. Após o parto, é preciso dar uma atenção especial para evitar um quadro de sífilis congênita. Em suma, é uma maneira de unificar a comunicação entre profissionais da saúde e instruir a gestante sobre diversos aspectos.

Veja o que a caderneta contém

Já vimos que, de forma geral, o cartão da gestante é um instrumento de informações essencial para uma gestação de qualidade.

Então, para todo e qualquer serviço de saúde que a gestante comparecer, é necessário carregar consigo esses registros, uma vez que contêm dados importantes, como:

  • resultados de ultrassom;
  • exames de sorologias;
  • intercorrências da gestação;
  • tipagem sanguínea;
  • idade gestacional.

Calma, tudo isso vamos ver com mais detalhes a seguir! Porém, além de registros daquela gravidez específica, o cartão também aborda dicas e orientações que vão além do aspecto biológico. Afinal, você sabe dizer quais os direitos maternos antes e depois do parto?

Complementando, você também poderia dizer como ocorre o desenvolvimento mãe-baby ocorre ao longo das semanas? Tudo isso você pode conferir na caderneta. Vale ressaltar, ainda, que ela é uma importante maneira de englobar os papais nos cuidados com a gestante e o filho.

Saiba quais as informações essenciais

Finalmente, vamos abordar algumas informações importantes que o cartão da gestante deve apresentar. Confira!

Idade gestacional

As clássicas semanas! Quem nunca se flagrou fazendo contas para descobrir de quantos meses a gestação era? Neste caso, o registro em semanas é de fato importante — e deve ser ainda mais preciso indicando os dias.

A idade gestacional pode ser calculada por meio da data da última menstruação ou por meio da ultrassonografia. De fato, em alguns casos podem apresentar divergências, mas, caso seja superior a 7 dias, confiamos no exame de imagem.

Tipagem sanguínea

O tipo sanguíneo vai muito além daquela famosa tabelinha de Mendel que vemos em genética no ensino médio. Essa informação auxilia — e muito — a identificar, o quanto antes, possíveis problemas com o baby, inclusive após o nascimento.

A incompatibilidade sanguínea, sobretudo do fator Rh, pode resultar em complicações hematológicas. A mais conhecida dela é a chamada eritroblastose fetal, que figura como um ataque às células sanguíneas do bebê.

Sorologias

Aqui, vemos um dos aspectos mais importantes a serem avaliados no pré-natal: as possíveis infecções maternas. Quanto antes forem detectadas, maior será o preparo para proteger o pequeno contra possíveis problemas.

E não estranhe: a investigação pode ser realizada mais de uma vez em durante a gestação! Se a gestante não for imune à toxoplasmose, por exemplo, é preciso refazer a pesquisa periodicamente. O mesmo acontece com as demais sorologias negativas, como HIV, sífilis e hepatite B.

Exames de urina

Outra atenção especial deve ser dada às questões urinárias. A gestação por si só aumenta o risco de infecções que urina. Por isso, mesmo que não apresente nenhum sintoma, é preciso avaliar periodicamente se existe alguma infecção vigente.

Tão importante quanto o diagnóstico, é detectar a frequência da condição. Se a gestante apresentar mais de uma infecção durante a gravidez, é válido iniciar medidas para prevenção de novos episódios.

Comorbidades

Diabetes, hipertensão, hipo ou hipertireoidismo… Se a gestante não apresentar nenhuma dessas condições antes da gravidez, já pode ficar tranquila, certo? Não necessariamente…

Existem as chamadas síndromes hipertensivas da gravidez, que devem ser detectadas em tempo hábil para tratamento. Outro aspecto que deve ser sempre pesquisado é a diabetes gestacional, sobretudo entre 24 e 28 semanas.

E, claro, por mais que o foco seja a gestação, não podemos esquecer da assistência como um todo. Diante de qualquer problema de saúde, informe ao seu médico!

Vacinas

E pra quem acha que o cuidado com a vacinação só começa com o nascimento do baby, também está equivocado! É muito importante avaliar o status vacinal daquela mulher.

Mesmo que ela apresente o cartão de vacina completo, é preciso tomar mais algumas picadinhas indispensáveis:

  • tríplice bacteriana;
  • dupla adulto (difteria e tétano);
  • influenza (gripe).

Por outro lado, se apresentar um cartão vacinal incompleto, é preciso ter atenção com algumas outras, como a de hepatite B. Porém, são aspectos que devem ser cuidadosamente analisados pelo médico obstetra. 

Diante disso, já foi conferir como está seu cartão da gestante? Lembre-se de carregar ele sempre com você — não só para as consultas de pré-natal! Qualquer intercorrência ao longo das semanas, qualquer necessidade de consulta hospitalar, qualquer sinal de trabalho de parto… já coloca dentro da bolsa! E, claro, não deixe de ler atentamente as informações contidas nele! Muitas dúvidas podem ser sanadas mais rápido do que se imagina.

E se sua gestação está chegando ao fim, que tal uma ajudinha na arrumação de malas para a maternidade?

 

Referências

Caderneta da gestante. Ministério da Saúde. 

Calendário de vacinação – Gestante. Sociedade Brasileira de Imunizações.

 

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