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Diarreia em bebês: qual o melhor tratamento?

Atire a primeira pedra quem nunca apresentou um quadro de diarreia na infância! Embora seja uma situação relativamente comum, existe uma série de riscos associados, sobretudo nos casos de diarreia em bebês.

O motivo disso é a intensa perda de água que acontece a cada evacuação. Portanto, não podemos descartar o risco da desidratação nos pequenos. Isso é tão perigoso que 30% dos óbitos nos menores de 5 anos acontecem por pneumonia ou diarreia.

A boa notícia é que houve uma redução considerável da mortalidade por diarreia em bebês nos últimos 20 anos. Em 1982, o número de mortes chegava a 5 milhões. Já em 2011, apenas 1,5 milhões. Afinal, o que possibilitou isso? Continue a leitura!

Entenda o que é diarreia

Primeiramente, nos adultos, não é uma tarefa muito difícil identificar um quadro de diarreia. Porém, os babies habitualmente apresentam as fezes amolecidas, que tornam-se mais consistentes apenas com o avançar dos meses.

Por isso, é importante entender a definição de diarreia antes de se desesperar com cada evacuação do pequeno. Basicamente, definimos diarreia como 3 ou mais evacuações amolecidas, ou mesmo líquidas, nas últimas 24 horas. 

Em outras palavras, é o aumento na frequência de defecações e diminuição da consistência habitual. Tudo isso vai acontecer graças a um desequilíbrio entre secreção e absorção de líquidos e eletrólitos.

Além disso, existem algumas classificações de diarreia que são interessantes de conhecer. Embora sejam mais técnicas, é importante que os pais saibam quando devem se preocupar. 

A diarreia aguda aquosa, por exemplo, é menos preocupante — a princípio. Isso porque é um quadro autolimitado, ou seja, em até 14 dias já terá sido resolvido. Porém, a grande preocupação consiste em evitar a desidratação.

Por outro lado, a diarreia aguda com sangue retrata um quadro de disenteria. Aqui, a atenção deve ser maior, afinal, as fezes sanguinolentas sugerem lesão na mucosa intestinal. Geralmente, são quadros causados por bactérias, o que vai influenciar no tratamento.

O último tipo, enfim, é a diarreia persistente. Nela, os pais vão perceber que o quadro se estende por mais de 14 dias. Assim como na disenteria, a atenção aqui deve ser redobrada, sobretudo pelo risco maior de complicações.

Saiba quais são as possíveis causas

Mas, afinal, o que causa a diarreia em crianças? Bem, na grande maioria das vezes, estamos lidando com um quadro infeccioso. Isso quer dizer que os pequenos foram infectados por algum microrganismo nocivo. 

Geralmente, o agente infeccioso envolvido é um vírus. Dessa forma, a evolução do quadro tende a ser espontânea e autolimitada. Porém, também pode ser provocada por bactérias. Aqui, vemos um quadro mais grave, que vai necessitar de antibiótico para tratamento.

Quando falamos sobre infecções, vamos muito além de vírus e bactérias. Existem, ainda, os protozoários e os vermes. Dentre as diversas doenças que podem causar, um dos sintomas mais comuns é justamente a diarreia.

Apesar de a diarreia em bebês ser, predominantemente, o resultado de uma infecção, existem outras causas comuns. Pode ser que ela seja a primeira manifestação de uma intolerância à lactose ou mesmo um sintoma de alergia ao leite da vaca.

Antes de tudo, existem outras possíveis causas para diarreia, como uso de laxantes, intoxicações e até mesmo apendicite. Porém, só é necessário investigar de maneira aprofundada aqueles pacientes que estão mais graves ou hospitalizados.

Fora isso, podemos partir do pressuposto que seja apenas uma infecção do trato digestivo.

Veja como é feito o diagnóstico

Para realizar o diagnóstico de diarreia em bebês, basta lembrarmos da definição. Em suma, é a perda de consistência nas fezes e o aumento no número de evacuações. Porém, é importante se atentar a alguns detalhes no início do quadro e na evolução.

Geralmente, o surgimento é abrupto, ou seja, de uma hora para outra. Além disso, como a maioria dos casos acontecem por causa de uma infecção, eles tendem a ser autolimitados. Não se esqueça de procurar ajuda médica caso ultrapasse 14 dias!

Mas não é apenas a quantidade de dias que requer atenção. O real grande perigo se chama desidratação —  ela que vai resultar no desbalanço hídrico e aumentar as chances de óbito. É agora que os pais devem ficar atentos aos detalhes!

O baby vai dar alguns sinais de que a desidratação está instaurando. De uma criança alerta, ela passa a ficar mais prostrada. Além disso, os olhos vão ficando cada vez mais fundos quanto maior o grau de desidratação.

Portanto, a boca e a língua ficam cada vez mais secas e nem sempre isso vai retratar em maior sede. Inclusive, nos piores graus de desidratação, o pequeno mal vai beber água.

Descubra como tratar diarreia em bebê

Aqui, já vimos que a desidratação é uma das grandes preocupações nos quadros de diarreia em bebês. No passado, isso ocasionava em uma elevada taxa de mortalidade, que se reduziu graças às evoluções no tratamento.

Em 1989, a Organização Mundial da Saúde elaborou um manual prático com as condutas mais adequadas para manejo da diarreia. Em 1993, o Ministério da Saúde realizou adaptações para que o guia fosse compatível com a realidade brasileira.

O primeiro ponto que deve ficar claro é: não reduza a alimentação do baby doente! É fundamental que o aleitamento materno prossiga como antes da diarreia. Além disso, nos maiores de 6 meses a alimentação complementar deve permanecer.

Complementando, não é só a alimentação o ponto-chave. Outro detalhe importante são as soluções de reidratação oral e os soros caseiros. A cada evacuação, estimule o baby a se hidratar com um dos líquidos citados.

Evite a desidratação na diarreia em bebê

Ah, o ideal é que a ingesta hídrica seja maior do que antes da diarreia. Tudo isso ajuda a prevenir a desidratação e a realizar um resgate daquilo que está sendo perdido. 

Um outro detalhe na diarreia em bebês é a necessidade de administração de zinco — mas isso é o profissional da saúde que vai orientar! E não se esqueça: o quadro tende a ser autolimitado, mas qualquer problema busque uma unidade de saúde!

Por último, vale informar aos pais sobre os sinais de alerta na diarreia em bebês. Se o pequeno apresentar vômitos frequentes, recusar alimentos, diminuir a quantidade de xixi ou mesmo surgir sangue nas fezes, cuidado! Procure ajuda médica o quanto antes! Ah, vale lembrar que a vacina contra o rotavírus é uma importante arma para diminuir a incidência de diarreia nos pequenos. 

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Referências

Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. Sociedade Brasileira de Pediatria.

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