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Síndrome mão-pé-boca: entenda tudo sobre a doença!

Quando o assunto são as doenças contagiosas que acometem os babies, por vezes a síndrome mão-pé-boca pode passar despercebida. Porém, se você é pai ou mãe de uma criança com menos de 5 anos, leia nosso texto com bastante atenção.

Isso porque essa é a principal faixa etária que a condição acomete. Além disso, devemos reforçar que ela apresenta alta contagiosidade, ou seja, não seria de se espantar que, quando menos imaginássemos, surgisse um surto.

Primeiramente, é importante dizer que a doença apresenta casos brandos. Porém, nos quadros mais graves, não é rara a internação dos pequenos e, sem suporte adequado, podem chegar ao óbito. Continue a leitura!

Entenda o que é a síndrome mão-pé-boca

A síndrome mão-pé-boca é uma doença viral provocada por um enterovírus — Coxsakievirus. Na medicina, uma síndrome representa o conjunto de diversos sinais e sintomas que caracterizam uma condição.

Sendo assim, vamos ver, aqui, uma série de manifestações diferentes, que vão depender do subtipo de Coxsakie. No tipo A16, vemos os sintomas mais comuns da doença. Já no A6, estamos diante de uma forma atípica.

De maneira geral, é uma condição benigna e autolimitada, ou seja, dentro de alguns dias a criança estará bem. E os adultos, estão livres do problema? Bem, eles até podem ser infectados, mas a maior prevalência engloba os pequenos menores de 5 anos.

Isso porque a transmissão é oral-fecal e respiratória. Sendo assim, é na fase oral, na qual a criança mais tende a colocar a mão na boca, que a onda de transmissão ocorre. Inclusive, sem os devidos cuidados de higiene, há o risco de epidemias.

 

Saiba quais os sintomas da doença

Pensar nas manifestações não é difícil, basta começar pelo nome da doença: síndrome mão-pé-boca. Dessa forma, temos pelo menos 3 regiões que serão acometidas pelas lesões.

De modo geral, a principal característica é a formação de vesículas, que se parecem com mini-bolhas. Elas podem ser vermelhinhas ou não, bem como se apresentarem disseminadas ou mais concentradas em áreas descamativas.

No rostinho, é muito comum que se localizem próximas à boquinha ou mesmo dentro dela. Neste caso, figuram como aftas, que prejudicam muito a alimentação do pequeno. A dificuldade pode ser tão grande a ponto de a criança desidratar por não conseguir ingerir líquidos.

Não é raro, também, que os pezinhos e as mãozinhas fiquem descamando, como se saísse uma capa de pele. Mas não se esqueça: tudo isso tende a ser limitado, com resolução espontânea em cerca de 7 dias.

 

Veja como é feito o diagnóstico

Diante das características citadas, podemos perceber que existem manifestações bem típicas da doença. Por isso, a síndrome mão-pé-boca pode ter um diagnóstico exclusivamente clínico, sem necessidade de maiores investigações.

Porém, se necessário, é possível adotar medidas mais avançadas capazes de isolar o vírus e identificar a presença do mesmo. Nessa perspectiva, é realizado um exame laboratorial chamado PCR, ou reação de cadeia de polimerase.

Para isso, basta colher uma amostra que possa conter o vírus. Isso engloba sangue, urina, swab retal ou de orofaringe. Vale lembrar que a criança não adquire imunidade permanente após o contato com o vírus. Assim, uma reinfecção pode ocorrer.

É importante, ainda, diferenciar a síndrome mão-pé-boca de outras condições. A desidrose, por exemplo, também forma pequenas vesículas nas mãos. Porém, além das mini-bolhas, manifesta-se com uma coceirinha.

Portanto, já que as feridas no interior da boca se assemelham às aftas, é preciso assegurar que não é apenas isso. Dessa maneira, as lesões nos pés e nas mãos podem dar uma pista sobre a síndrome. Por último, o pediatra também deve descartar a famosa catapora.

 

Conheça a forma de tratamento

Como muitas infecções virais, o quadro tende a ser autolimitado e, conforme dito, costuma durar em torno de 7 dias, sem necessidade de maiores medidas. De toda forma, é possível combater sintomas específicos, como febre e náuseas.

Mas vale lembrar que em algumas situações as lesões orais podem prejudicar na alimentação da criança. Neste caso, é preciso que os pais estejam atentos com o consumo de líquidos e comidas. Diante de qualquer dificulddade, recomenda-se buscar ajuda médica.  

Outro caso que merece maiores cuidados é aquele que ocorre infecção secundária à lesão. Sendo assim, é preciso passar por avaliação médica a fim de detectar a necessidade de antibiótico. 

Além do cuidado com desnutrição, desidratação e doenças secundárias, é importante redobrar a atenção com os casos graves da síndrome. Neles, existe o risco de acometimento até do sistema nervoso central, de modo que os sintomas incluem:

  • espasmos;
  • tremores;
  • congestão pulmonar;
  • suor frio;
  • disfunção cardíaca;
  • hiperglicemia.

Sem dúvidas, são sintomas que requerem avaliação imediata de um profissional especializado. 

Descubra como prevenir a doença

Para saber como prevenir a síndrome, é preciso entender como ela é transmitida. Basicamente, por 2 maneiras:

  • oral-fecal.
  • secreções respiratórias.

Antes de mais nada, estamos lidando, principalmente, com o hábito de colocar a mãozinha suja na boca. Sabemos que os pequenos apresentam uma fase oral. Isso se agrava, por exemplo, com a prática de engatinhar e colocar a mão na boca antes de lavá-la.

Mas não é só isso! Alimentos contaminados também podem transmitir a síndrome mão-pé-boca. Por esse motivo, é tão importante preservar a higiene. Além disso, não devemos esquecer a transmissão por meio de secreções.

Neste caso, a população mundial aprendeu, nos últimos anos, a conter a transmissão por essa via. De maneira geral, podemos listar alguns cuidados para controlar todas as maneiras de contágio:

  • lavar bem as mãos e alimentos;
  • trocar as fraldas e descartar corretamente;
  • desinfetar superfícies de contato;
  • separar objetos utilizados pelas crianças doentes.

Concluímos, por fim, que a síndrome mão-pé-boca não é algo raro nos pequenos e, por isso, papais e mamães devem estar bem atentos. Apesar de ser um quadro autolimitado, pode cursar com algumas dificuldades e, sem assistência adequada, a criança pode sofrer consequências.

Dessa forma, atenção redobrada com alimentação e sintomas, combinado? E diante de qualquer problema, busque ajuda médica!

Agora, que tal conferir outras condições que podem acometer os pezinhos dos babies?

 

Referências

Síndrome mão-pé-boca. Sociedade Brasileira de Pediatria. 

Doença da mão-pé-boca (DMPB). Manuel do Ministério da Saúde.

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