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Marcos do desenvolvimento infantil: meu filho está crescendo?

A chegada do baby na família faz parte da longa trajetória chamada vida. E a interação com o pequeno começa ainda na barriga da mãe, o que deve ser intensificado após o nascimento. Para acompanhar isso de perto, existem os chamados marcos do desenvolvimento.

Andar, falar, compreender e interagir… são apenas algumas competências adquiridas nos primeiros meses de vida. Mas atenção: nada disso vai “cair do céu”, certo? Por isso, é indispensável para os pais estimularem seus filhos.

Primeiramente, é possível avaliar se a evolução está de acordo com o que se espera para aquela faixa etária. Assim, caso haja algum tipo de atraso, algumas condutas e mudanças podem ser adotadas em tempo hábil. Saiba mais!

Entenda o que são marcos do desenvolvimento infantil

As diversas consultas de rotinas dos pequenos visam muito mais que avaliar se há alguma doença ou não. Na verdade, o principal foco consiste em acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do baby.

Embora o peso e a altura sejam importantes parâmetros, não são os únicos. E por mais que crescer seja esperado, é preciso que o pequeno consiga, mês a mês, realizar tarefas cada vez mais complexas.

É aí que os marcos do desenvolvimento entram! Eles avaliam, direta e indiretamente, algumas competências, como:

  • linguagem;
  • motricidade;
  • relações pessoais;
  • interação com o ambiente.

Por isso, cabe aos profissionais identificarem possíveis atrasos e, aos pais, estimularem o avanço dos filhos. Vale ressaltar que nada deve ser considerado de maneira isolada, ou seja, se há atraso em determinado marco, é preciso avaliar e reavaliar o baby de maneira global.

Descubra quais os principais marcos

Agora, vamos caminhar ao longo dos meses de vida e descobrir quais marcos do desenvolvimento são esperados!

Aos 2 meses 

Nos 2 primeiros meses, espera-se que baby consiga fixar seu olhar no rosto de uma pessoa posicionada bem à sua frente. Além disso, a criança deve acompanhar um objeto que se move na linha média, ou seja, da direita para esquerda.

E não são apenas competências visuais! Ao colocar o pequeno deitado, ele deve ser capaz de mover os olhos ou mudar a expressão facial diante de um barulho. Você pode estimular isso com um chocalho e reparar se o baby reage.

Já na parte motora, é preciso que a criança já tenha iniciado o fortalecimento do tônus. Por mais que a criança seja molinha, ela deve conseguir desencostar o queixo da superfície quando colocada de barriguinha para baixo.

Aos 4 meses

Com o baby mais crescidinho, chegou a fase que todo mundo adora: receber um sorrisinho do pequeno após interagir com ele! E espera-se mais que isso: nessa faixa etária, um dos marcos consiste em emitir sons, como “gugu” e “aaaa”.

Lembra que antes a criança precisava desencostar o queixinho da superfície? Pois é, hora de evoluir! Agora, esperamos que ela mantenha a cabeça firme, ainda que alguém a ajude a sentar e segurar o tórax.

Por último, aquele chocalho que era usado apenas para guiar o som, agora vai ter um papel fundamental no desenvolvimento motor. Isso porque a criança deve conseguir segurar algum objeto que encosta em seus dedinhos.

Aos 6 meses

Agora, além de o pequeno conseguir segurar o brinquedinho, ele deve ser capaz de alcançá-lo. Assim, não encoste o objeto na mão da criança, mas estimule que ela busque e tente apanhar. Outro marco esperado, é que ela leve à boca os brinquedos que capturar.

Mais uma vez, o chocalho terá um papel importante: avaliar se a criança localiza o som. Porém, vamos dificultar um pouco!

Ela precisa estar distraída, concentrada em outra atividade no momento em que é emitido o som — espera-se que ela tente encontrá-lo.

Por fim, o grande medo das mães: ao deitar o baby, ele deve ser capaz de rolar!

Aos 9 meses

Se antes a criança deveria ser capaz de sustentar a cabeça enquanto alguém a segura, agora ela já deve sentar sozinha e sem apoio — nem mesmo com as próprias mãozinhas! Espera-se, ainda, que ela tenha evoluído no vocabulário, como duplicar sílabas — “mama” e “papa”.

As brincadeiras também vão nos contar muito sobre os marcos do desenvolvimento. Experimente brincar de esconde-achou colocando uma toalha cobrindo seu rosto. O ideal, é que a criança procure e tente retirar o obstáculo.

Por fim, quando ela pegar um objeto, observe se ela é capaz de transferi-lo para a outra mãozinha.

Aos 12 meses 

Enfim, ao primeiro aninho completo. Aqui, as competências ficam ainda mais complexas. Além de simplesmente pegar objetos, o baby deve conseguir realizar o movimento de pinça — segurar com a ponta do polegar e indicador.

É esperado, também, que a criança imite gestos, como dar tchau, bater palmas ou mandar beijo. Já na linguagem, o que antes eram apenas sílabas, agora deve simular uma conversa, ou seja, jargões com algumas pausas.

Por último, vamos falar do que a gente gosta: caminhar! Calma, a criança não precisa sair correndo. Desde que fique em pé e ande com apoio, já é possível avaliar alguns marcos do desenvolvimento.

Veja como estimular o desenvolvimento do seu filho

Agora que você sabe quais competências o baby deve apresentar em cada faixa etária, já sabe como estimular naquele momento, certo? Porém, se por acaso os marcos do desenvolvimento não forem alcançados, não se desespere!

O primeiro ponto é entender que as mudanças são possíveis e devem ser colocadas em prática. Posteriormente, será realizada uma nova avaliação que pode mudar as perspectivas da anterior ou mesmo ditar novas condutas.

Não se esqueça que as condições socioambientais são muito importantes no desenvolvimento. Em outras palavras, tão necessário quanto os estímulos, é garantir um ambiente adequado para que ocorram os avanços.

Sendo assim, mantenha sempre a criança acolhida com bastante amor, carinho e zelo. Invista, também, em um ambiente seguro e acolhedor para os pequenos, seja em casa, seja na escolinha.

Concluímos, enfim, que os marcos do desenvolvimento avaliam momentos de uma transição complexa. Ela é contínua e progressiva, ou seja, é possível potencializar a evolução por meio de estímulos.

Para finalizar, tudo isso deve acontecer de maneira dinâmica, mas sem deixar para trás o amor e a proteção aos pequenos. Comemore, junto a eles, cada conquista e ofereça sempre suporte para mais evoluções.

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Referências

Manual para vigilância do desenvolvimento infantil no contexto da AIDPI. Organização Pan-Americana de Saúde.

Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Ministério da Saúde.

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